No ranking do Trata Brasil, divulgado nesta semana com base em dados de 2017, Joinville apareceu com custo médio de R$ 4,16 na tarifa (por metro cúbico). Nas demais cidades catarinenses presentes no estudo sobre indicadores de saneamento, Blumenau teve preço médio de R$ 4,75 e Florianópolis, R$ 5,42. Joinville está em 75º no ranking. A Capital ocupa a 52ª colocação e Blumenau ficou em 67º.
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Lembrança de Udo
Ao analisar o ranking do Trata Brasil, no qual Joinville subiu seis posições, mas ainda ocupa uma colocação abaixo da média (75º lugar entre as 100 maiores cidades do País), Udo Döhler lembrou da tentativa de elevar a tarifa do esgoto de 80% para 100% da conta d’água. A proposta foi abandonada após resistências. “Há uma perversidade: o tratamento de esgoto é mais caro do que da água e quem não tem esgoto, na periferia, acaba subsidiando quem tem, na área central. Mas houve uma conspiração contra, um capricho contra a equivalência da tarifa do esgoto com a da água”, diz o prefeito de Joinville.
Comparação com a Cosip
Udo faz um paralelo com a Cosip, com novo modelo de cobrança desde 2018. “Conseguimos ampliar a iluminação na cidade”, diz o prefeito, apontando as tentativas de oposição de reverter o novo formato também como “capricho” da oposição. “Estamos propondo flexibilizar as faixas de consumo”, alega Udo, citando essa proposta como forma de “acalmar” vereadores. Em relação ao esgoto, não será mais feita nenhuma tentativa de ampliar a tarifa. O motivo seriam as resistências políticas.
Só a curto prazo
“Infelizmente, há um condicionamento a pensar só na eleição, no tempo do mandato, e não pensar a cidade, o Estado ou o País a longo prazo. Não se deve pensar só em quatro anos”, alega Udo, em referência à resistência à proposta da tarifa. Mas o prefeito acredita que medida em relação ao esgoto será tomada pelo próximo prefeito. “Recebemos a cidade com 17% de cobertura e estamos com 35%. São mais de R$ 500 milhões em investimentos nos próximos três anos, dois terços em esgoto. Mas precisamos de mais recursos”, diz Udo, citando que a terceira maior economia do Sul não pode ter ainda cobertura tão reduzida em esgoto.
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