A cobrança por inclusão de mais obras marcou a audiência pública realizada nesta segunda-feira em Joinville para discutir a prorrogação do contrato de concessão da BR-101 Norte. O questionamento ocorreu principalmente porque as obras apresentadas na proposta de repactuação atenderiam apenas a demanda atual, sem levar em conta o crescimento do movimento nas próximas décadas – a prorrogação quer levar o prazo do contrato de 2033 para 2048. Há concordância com a repactuação, desde que com inclusão de mais obras. O evento promovido pelo Fórum Parlamentar Catarinense foi realizado na Acij. Além de lideranças políticas e empresariais, houve a participação de representantes do Ministério dos Transportes, ANTT e Arteris.
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A proposta apresentada para a região de Joinville prevê ampliação das vias marginais, principalmente no entorno dos viadutos dos acessos ao Nova Brasília, Ottokar Doerffel e Quinze de Novembro. São cinco quilômetros de novas vias laterais, em quatro trechos. A implantação de terceiras faixas entre os km 33 (acesso ao Distrito Industrial) e 49 (Eixo de Acesso Sul) também foi apresentada, como possibilidade (não está na proposta inicial de otimização). A construção de duas passarelas em Joinville também está nos planos.
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O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, considerou a proposta “insuficiente, em princípio”. A Acij espera que mais obras sejam incluídas, segundo o presidente Guilherme Bertani – em ofício enviado ao Fórum Parlamentar, a entidade, em conjunto com Ajorpeme, CDL e Acomac, solicitou instalação de vias marginais em toda extensão da rodovia, entre outras melhorias. “A concessão, como está hoje, não atende a região”, alegou Bertani. Para a Fetrancesc, as obras sugeridas “não resolvem o problema até 2048, precisamos de obras estruturantes”, conforme o presidente Dagnor Schneider.
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Para Marco Antonio Corsini, diretor de articulação da Facisc e conselheiro da Acij, a repactuação é bem-vinda, mas há necessidade de mais obras. “Precisa melhorar, assim está insuficiente”, afirmou. O deputado federal Darci de Matos (PSD) alegou que Joinville e região não podem ser “prejudicadas” por obras em outras regiões. “As obras em outras regiões são importantes, mas a BR-101 precisa ter vias marginais de Garuva a Piçarras, o que foi proposto é muito pouco”.
O presidente da Câmara de Joinville, Diego Machado (PSD), cobrou a inclusão das vias marginais não incorporadas ao atual contrato. Outras lideranças políticas empresariais e políticas se manifestaram a favor de mais obras na região. As próximas audiências públicas serão realizadas em Itajaí e Florianópolis.
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