O lockdown continua fora dos planos da prefeitura de Joinville. Mesmo com as novas medidas anunciadas nesta segunda-feira, com mais restrições na ocupação de estabelecimentos comerciais, o município entende que ainda assim há margem de manobra antes de determinar o isolamento social em maior escala. “Temos medidas intermediárias”, resume o prefeito Udo Döhler. Uma das possibilidades é adoção de maiores restrições às atividades econômicas antes do fechamento.
Continua depois da publicidade
> Quais são as novas medidas adotadas em Joinville
> Novo decreto sobre coronavírus em Joinville: o que muda nas punições; multa pode chegar a R$ 6 mil
O lockdown foi defendido pela Defensoria Pública de Santa Catarina em recomendação enviada há duas semanas à prefeitura de Joinville. Seria uma forma de reduzir a circulação de pessoas e evitar o agravamento da pandemia. Não foram citadas exatamente quais medidas a serem tomadas: a Defensoria se mostrou favorável à suspensão de atividades não essenciais. O Comitê Popular Solidário de Joinville, formado por um grupo de entidades, também se manifestou favorável ao lockdown, citando a paralisação de atividades não essenciais, com defesa da suspensão do transporte coletivo e fechamento de estabelecimentos.
No entendimento da prefeitura, lockdown seria uma situação de restrição semelhante à determinada pelo governo do Estado em 17 de março e estendida, com flexibilizações, até o final de abril. Além da suspensão do transporte coletivo, estabelecimentos comerciais (incluindo bares e restaurantes) estiveram fechados. A suspensão das aulas presenciais, assim como a proibição de eventos e shows, entre outras reuniões públicas, se mantém até hoje.
Continua depois da publicidade
NOVO DECRETO
O governo Udo entende que a possibilidade de aplicação de multas de forma imediata, entre outras punições, deverá colaborar no atendimento das medidas de prevenção. O decreto desta segunda-feira trouxe novas regras sobre as punições. Mas a prefeitura insiste em colaboração da população. “Não há como a fiscalizar atender a tudo”, diz Udo. No decreto, foi citada a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento por causa da maior demanda hospitalar com a pandemia.
> Joinville tem 1,2 mil casos ativos de coronavírus; veja números por bairros
> Joinville diminui testagem após redução do estoque de testes rápidos