O futuro da tarifa de ônibus em Joinville está em discussão na prefeitura, ainda sem data para uma definição. O prefeito Adriano Silva já abordou a possibilidade de reajuste da passagem, possivelmente a ser baseado na inflação. A dificuldade de prever a demanda do transporte coletivo em 2022 é mais um componente para definir uma questão já tradicionalmente complexa.
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O último reajuste da tarifa do ônibus em Joinville foi concedido em fevereiro de 2020. Portanto, são quase dois anos sem aumento. A passagem custa R$ 4,75 na compra antecipada (fora do ônibus) e R$ 4,90 na embarcada (compra dentro do veículo). No final do ano passado, até foi iniciada uma discussão sobre o aumento para 2021, mas não houve reajuste.
Naquele momento, já estava valendo da decisão judicial que determinou compensação (“subsídio”) pela prefeitura dos prejuízos das empresas por causa da pandemia. Os repasses para as concessionárias, somados, chegaram a R$ 14, 4 milhões. Nos últimos dois meses, no entanto, os pagamentos não foram mais necessários porque houve aumento no número de passageiros – a decisão judicial continua em vigor.
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Mesmo sem aumento em 2021, as empresas não chegaram a acionar a Justiça por eventual descumprimento de decisão judicial em ação de 2015 que determinou o reajuste da passagem pelo indicado nas planilhas: além da “cobertura” do subsídio, se fossem aplicados os custos da planilha, a tarifa teria valor tão alto que poderia inviabilizar o sistema. Portanto, não houve pedido de execução de sentença, diferentemente do que ocorreu em 2019. Mas essa questão continua presente: se o modelo for a planilha, o aumento poderá elevar demais uma tarifa já considera alta.
Agora, mesmo que a inflação seja a baliza, o reajuste teria de ficar em torno de 15% (período entre fevereiro de 2020 e novembro de 2021), o que elevaria a tarifa para R$ 5,4. Em caso de aplicação da inflação dos últimos 12 meses, na faixa dos 10%, a passagem poderia ficar em R$ 5,2, também em exemplo levando em conta a modalidade de compra fora do veículo. Também pode ser adotado um índice de um período menor, uma forma de evitar valor mais elevado, para não passar de R$ 5, por exemplo. São essas questões, aliada a avaliação se o transporte continuará a recuperação de passageiros em 2022, em discussão neste momento.
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