A possibilidade de implantação do binário na zona Sul de Joinville vai reforçar os pedidos para que a passagem dos trens de carga evite os horários de pico, uma forma de evitar a formação de filas ainda maiores no entorno da rua Monsenhor Gercino. O tema foi tratado durante reunião realizada na noite de segunda-feira da comissão especial de mobilidade da zona Sul, formada na Câmara para discutir a proposta de novo binário entre as ruas Florianópolis e Monsenhor Gercino. A prefeitura apresentou estudo sobre o tema. O contorno ferroviário, novo ramal que retiraria a passagem dos trens da área urbana, está com obras paradas desde 2011, sem estimativa de quando serão retomadas.
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A preocupação é para evitar que a passagem do trem de cargas impacte ainda mais o trânsito no entorno da rua Monsenhor Gercino, afinal, com o binário, a via vai concentrar o trânsito no sentido Centro-bairro, enquanto a Florianópolis fica com o sentido inverso. “A ideia é sugerir que seja evitado esse horário (de pico)”, diz o vereador Lucas Souza (PDT), presidente da comissão de mobilidade. A outra queixa é de que não há padrão nos horários de passagem dos trens. A direção da empresa será procurada em Curitiba. O tema não é recente.
Em 2014, a Câmara de Joinville aprovou lei proibindo o tráfego de trens em horários de pico. Havia previsão de multa em caso de descumprimento. A legislação foi derrubada na Justiça em ação da concessionária, com a alegação de que cabe à União – e não aos municípios – definir regras de trânsito. Em 2021, o prefeito Adriano Silva solicitou à ANTT que seja incluído no futuro contrato da Malha Sul a obrigação de informação prévia sobre os horários de passagem dos trens. O atual contrato vence em 2027, mas está em andamento a antecipação da renovação.
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