A proposta do governo federal de tentar incluir o contorno ferroviário de Joinville na renovação da concessão da malha da região Sul, retomada pela atual administração federal, chegou a ser discutida entre 2017 e 2018. Seria uma forma de reiniciar a obra paralisada desde junho de 2011 e sem fonte de recursos – a falta de dinheiro para esse investimento continua, como admitiu o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em live no início da semana com a Acij. O contorno é uma nova linha para desviar a passagem dos trens de cargas do perímetro urbano de Joinville.
Continua depois da publicidade
> Nova pesquisa: o que mudou na mobilidade em Joinville em dez anos
> Em quais bairros a bicicleta é mais utilizada em Joinville
> Ponte Joinville tem licença ambiental emitida e próximo prefeito poderá abrir licitação
> Quer receber notícias de Joinville e Norte de SC por WhatsApp? Clique aqui
Continua depois da publicidade
A concessão até pode ter a renovação antecipada, mas a manutenção da malha ferroviária, de mais de 7,2 mil km deve ser prioridade nas tratativas. Estimativas apontam necessidade de investimentos de R$ 10,3 bilhões na Malha Sul a partir da prorrogação da concessão, prevista para ocorrer no final de 2022. Portanto, não há como estimar quando será possível a retomada das obras do contorno de Joinville. Neste momento, está em fase de licenciamento a Variante Araquari, uma mudança no futuro traçado da linha do trem na região.
O custo do contorno de Joinville está estimado em R$ 408 milhões (avaliação do início de 2019), incluindo as desapropriações. A proposta do governo federal para o orçamento de 2021 não prevê recursos para a obra. O contorno de São Francisco do Sul, também paralisado, está estimado em R$ 184 milhões. Na live com a Acij, o ministro Tarcísio alegou que o foco do governo federal em infraestrutura é a conclusão das obras já iniciadas, como as BRs 280 e 470, em exemplos de Santa Catarina.