O governo do Estado vai abrir consulta pública sobre o futuro do terreno da antiga ADR de Joinville. Há a pretensão de formação de parceria público-privada para a construção de três torres, duas residenciais e uma para atividades culturais, em proposta surgida ainda em 2017. Empresa privada constrói os prédios e tem direito a explorar dois deles, o terceiro é cedido ao Estado. Será feita uma sondagem de mercado dentro do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), liderado pela SCPar. A construção hoje existente é usado por órgãos estaduais. 

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A obra do século

No sistema cadastral da Prefeitura, a matrícula estava em nome do Banco do Brasil até o ano passado – originalmente, o imóvel pertenceu ao Besc, comprado pela instituição federal. “Vamos avaliar como poderá ser feita a PPP”, diz o secretário Derian Campos (Assuntos Internacionais), integrante do grupo envolvido na definição do uso do imóvel. A Secretaria da Administração também faz parte, além da SCPar. O projeto preliminar da construção foi entregue por Udo Döhler a Carlos Moisés durante visita do governador a Joinville. O prefeito considera a construção, estimada em R$ 180 milhões, em a “obra do século” da cidade. 

Fonte 100

O governo do Estado até tentou, sem sucesso, financiamento com o BNDES para bancar a revitalização da SC-410, em Florianópolis. Como não conseguiu o empréstimo, vai tocar a obra com recursos próprios. A mesma fonte, o caixa próprio, será usado para duplicar o eixo industrial em Joinville – mas ainda precisa sair a licença do corte de vegetação. A obra não saiu nos governos de Raimundo Colombo e Eduardo Pinho Moreira porque não foram conquistados os financiamentos pretendidos e a fonte 100 não tinha recursos suficientes. 

Cautela

Udo Döhler vem mantendo relação administrativa tranquila com o governador Carlos Moisés. Fez apresentação dos pedidos, mas ficou nisso, sem cobranças mais incisivas nem queixas públicas – com Colombo a pressão era maior. Por outro lado, governador vem mantendo a relação, ainda que não exista proximidade. E, em relação a 2020, Moisés nada falou, se tratando de Joinville. Mas em algum momento, o governador deverá abordar a eleição em Joinville. Será um teste para a relação política com Udo.

Se for comparar…

Apesar do número reduzido, de 90 contratações, ainda assim o mercado de trabalho da construção civil em Joinville está melhor do que no ano passado: em julho de 2018, o setor havia cortado 112 vagas no acumulado do ano. 

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