O futuro do canal do Linguado será discutido em reunião a ser marcada pelo Ministério Público Federal com o DNIT, com convite aos deputados interessados. Como as obras de duplicação da BR-280 já começaram no lote 1, no qual está incluído o Linguado, se aproxima o momento de uma decisão sobre o local. Há o projeto básico de uma ponte, com orçamento de R$ 200 milhões (valores de 2010), para cruzar o canal, com manutenção do aterro. 

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O DNIT está revisando a alternativa e passou a considerar a ampliação do aterro para caber mais pistas, em uma das laterais, como forma de atender à duplicação. A ponte seria um custo elevado demais levando em conta que, futuramente, o Linguado pode vir a ser aberto. O Ibama, que rejeitou a opção no passado, está sendo consultado novamente. O MPF está participando de estudos e vai apontar a possibilidade de que a abertura do Linguado possa vir a ser limitada a apenas um dos aterros – o que reduziria a extensão da ponte significativamente. 

Se for permitida a abertura de um dos aterros, a ponte cruzando os dois aterros e a ilha João Dias (“ilha do Linguado”), com mais de 1,5 km de extensão, não seria mais necessária – pelo menos nesse tamanho. A ação do MPF sobre o Linguado chegou até ao STF sem determinar a abertura por causa de os estudos não terem sido conclusivos. Mas novos levantamentos técnicos podem apontar a viabilidade de remoção de um dos aterros.

Em outra frente, com participação de pesquisadores de diferentes instituições, o MPF quer apurar os efeitos a longo prazo de o canal do Linguado ser mantido. Na prática, tentar apurar os impactos na fauna, flora e na Babitonga caso nada venha a ser feito. 

Em carta divulgada nesta segunda-feira (20), o Grupo Pró-Babitonga se manifestou contra a ampliação do aterro do canal do Linguado como forma para permitir a duplicação da BR-280 naquele ponto. “O GPB posiciona-se terminantemente contrário a uma decisão precipitada de aumento do aterro do canal do Linguado até que sejam concluídos os estudos apontados como necessários pela Câmara Técnica do canal do Linguado do GPB”, alega a nota. O Grupo Pró-Babitonga é formado por 33 entidades da região da Babitonga. 

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Fim do recesso

O projeto para acabar com o recesso de julho na Câmara de Joinville foi apresentado na segunda-feira com a assinatura dos 19 vereadores, coletadas pelo auto da proposta, Natanael Jordão (PSDB). Bastam 13 votos para mudar a lei orgânica, legislação na qual está previsto o recesso entre 18 e 31 de julho. O outro recesso é previsto para o período entre 17 de dezembro e 31 de janeiro.