A definição do reajuste da tarifa do ônibus em Joinville será um tema complexo a ser decidido neste final do ano, com provável desfecho ainda no governo Udo, embora com possível participação de Adriano Silva. Se for aplicado o previsto nas planilhas de custo, o valor ficará elevado demais por causa da demanda reduzida. Por outro lado, se a passagem ficar com valor abaixo do custo do sistema, não será atendida decisão judicial que determinou o cumprimento das planilhas. Também não é possível prever exatamente os impactos da pandemia nos primeiros meses de 2021. Ou seja, não é uma decisão fácil.
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Ainda não foi informado qual o valor da passagem previsto nas planilhas atualizadas, mas se sabe que será um valor muito acima da atual tarifa. No final de julho, quando a prefeitura enviou o projeto de subsídio (depois retirado) aos vereadores, a tarifa tinha custo estimado em R$ 8,60, caso as receitas e despesas descritas nas planilhas fossem levadas em conta. Seria um valor alto demais para uma cidade que já cobra R$ 4,75 (compra antecipada) pela passagem.
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No entanto, decisão judicial de 2015, em ação apresentada pelas empresas, determina que a planilha seja atendida. No ano passado, por exemplo, a prefeitura concedeu reajuste parcial (abaixo do previsto na planilha) em janeiro e teve que dar novo aumento em agosto, após as empresas alegarem descumprimento da decisão de 2015. Há ainda a liminar de 2020 em vigor com determinação de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato por causa dos prejuízos durante a pandemia, situação que já levou a prefeitura de Joinville a repassar R$ 4,3 milhões às empresas.
Nem o tamanho da operação do transporte coletivo em 2021 é possível saber neste momento: há variáveis indefinidas, como volta das aulas, índice máximo permitido de ocupação dos veículos (hoje em 50%), entre outras. Mas em questão de semanas, a prefeitura terá de tomar decisões.