A postura crítica do ex-governador Raimundo Colombo (PSD) na análise das medidas tomadas pelo governo do Estado em relação ao novo coronavírus se concentra na dosagem.
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— Acho que fechar tudo ao mesmo tempo em todos os lugares foi um erro. Tem que ponderar as situações diferentes — disse o ex-governador em entrevista veiculada pela Rádio Globo Joinville na manhã desta terça-feira.
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Até a nova postura do governo dos Estados Unidos, de “municipalizar” ou “estadualizar” as ações de enfrentamento conforme a situação local foi citada por Colombo.
Na entrevista, Colombo falou do protocolo elaborado pela Defesa Civil de Santa Catarina para o enfrentamento de pandemias, catástrofes e outros fenômenos excepcionais. Na escala citada por ele, cidades sem casos da doença adotariam medidas de orientação nas entradas, providências internas na produção econômica, entre outras, “mas tudo continuaria funcionando”.
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Em municípios com casos de coronavírus, a escala de ações seria maior e, em situação de transmissão comunitária, “tem que ser mais duro”. Mas a medida inicial não poderia ser “fechar” os 295 municípios.
O transporte coletivo é uma medida ser reestudada, segundo Colombo.
— Em Joinville, como vai trabalhar sem ônibus? — questiona.
A falta de contato do governo estadual com os prefeitos é considerada “terrível”. Para o ex-governador, a atual administração estadual precisa se antecipar e indicar quais medidas pretende adotar na área econômica.
A crise política no governo federal foi lamentada.
— O presidente pode demitir, pode nomear quem ele quiser, mas será que não dava para esperar um pouquinho, esperar diminuir? Nosso problema agora não é crise de ego, é a crise na saúde — alegou Colombo em relação à saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça.
Para ele, Jair Bolsonaro e Carlos Moisés precisam reconstruir a relação.
— Tem de harmonizar — resumiu.
Ouça a entrevista concedida ao "Café das Seis":
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