A extrema pobreza avançou em Joinville durante a pandemia. Entre março do ano passado e março de 2021, o contingente de pessoas nessa situação de vulnerabilidade cresceu de 17,3 mil para 20,3 mil. Pelos critérios do governo federal, extrema pobreza é caracterizada pela renda familiar abaixo de R$ 89 mensais, per capita. Dessa forma, uma família com quatro pessoas com renda inferior a R$ 356 por mês, por exemplo, fica dentro dessa categoria. Os dados são do Ministério da Cidadania.

Continua depois da publicidade

> Joinville tem quase 10 mil famílias aptas a programa de alimentos; distribuição ainda sem data

> Joinville estuda substituir cesta básica por cartão de pagamento

> Acesse para receber notícias de Joinville e região pelo WhatsApp

O crescimento de pessoas na extrema pobreza foi de 17,46% nos últimos 12 meses, levando em conta o intervalo entre os meses de março de 2020 e 2021. Se a comparação for realizada em relação aos 12 meses imediatamente anteriores (entre março de 2019 e março de 2020), o aumento foi proporcionalmente menor, de 6,31%.

Continua depois da publicidade

Desde o ano passado, a Secretaria de Assistência Social vem notando a maior procura por atendimentos, inclusive por cestas básicas. O Cadastro Único (CadÚnico), porta de acesso aos programas sociais governamentais, federais, estaduais e municipais, teve maior procura e agora são 29,5 mil famílias inscritas. São três mil famílias a mais em relação a março do ano passado. Em outra comparação, são 77,3 mil pessoas cadastradas, quase oito mil pessoas a mais em 12 meses. No CadÚnico, são inscritas famílias com diferentes níveis de renda. Em um exemplo, há 9,3 mil pessoas consideradas pobres, com renda per capita entre R$ 89 e R$ 178 mensais.

A cobertura do Bolsa Família também cresceu em Joinville, passando de 6,2 mil em março do ano passado para 9 mil em abril deste ano, também conforme as estatísticas do Ministério da Cidadania.