Em fase de construção do abrigo dos geradores, a estação de bombeamento das obras do rio Mathias tem uma particularidade para contribuir na redução dos alagamentos, já prevista no projeto da drenagem: pode operar sem que esteja concluída a galeria em instalação na área central de Joinville. Os dois sistemas são complementares (claro que a galeria pronta haverá mais efetividade), mas podem funcionar de forma independente.

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A estação erguida ao lado do rio Cachoeira, em frente à Prefeitura, terá quatro bombas, sendo uma sobressalente, só acionada se uma das outras três falhar. Todas serão movidas por geradores. As comportas no rio Cachoeira fazem parte do conjunto e, em caso de maré alta, são fechadas automaticamente, sem necessidade de intervenção humana.

Com as comportas fechadas, a água do Cachoeira não entra no leito do rio Mathias e nem se espalha pela rede de drenagem do Centro. O muro de contenção mais elevado ajudará a conter a água do Cachoeira, sem transbordar para as margens. Mas a água do Mathias não poderá sair, afinal as comportas estão fechadas, sendo “armazenada” em galeria subterrânea na praça Dario Salles.

Mas se o Mathias começar a receber água demais por causa de chuvas, as bombas entram em ação, alertadas por sensores, e jogam o excedente sobre o rio Cachoeira, mesmo que a maré esteja alta. Mais uma vez, será preciso contar com o muro. Quando a maré baixa, as bombas se desligam, as comportas se reabrem e o Mathias volta a correr para o Cachoeira. Pelo menos é isso que se espera.

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