Em documento enviado hoje ao prefeito Udo Döhler, um grupo de entidades sugere mudanças no decreto de limitação do horário de funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes em Joinville. As novas regras começam a ser aplicadas a partir deste sábado, conforme o decreto publicado nesta quinta-feira. A proposta das entidades é de permitir o funcionamento dos estabelecimentos até às 23 horas, com proibição de entrada de novos clientes a partir das 22 horas.

Continua depois da publicidade

> Bares e restaurantes de Joinville vão sentir impacto; CDL temia medidas mais duras

O ofício é assinado pela Câmara Setorial de Gastronomia e Entretenimento da CDL de Joinville, o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Joinville e Região (VivaBem) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Santa Catarina (Abrasel-SC).

As novas medidas foram tomadas depois do agravamento da pandemia em Joinville, com lotação de leitos públicos de UTI na quarta-feira. As entidades afirmam apoiar o trabalho feito pela prefeitura na prevenção do coronavírus. Mas apontam “estranheza” com os novos horários, limitando o funcionamento dos estabelecimentos até às 20 horas entre segunda e sexta e até às 15 horas nos sábados e domingos.

“As medidas do decreto que restringem o horário de funcionamento podem incentivar a aglomeração e prejudicar ainda mais os empreendimentos gastronômicos, uma vez que muitos só operam no horário noturno”, alegam as entidades.

Continua depois da publicidade

O documento lembra que medidas semelhantes foram tomadas em Florianópolis e a prefeitura teve de recuar porque não houve impactos no isolamento pordeslocamento para cidades vizinhas. Também é citado no ofício que o setor ainda não se recuperou do período de portas fechadas e que a maioria dos empresários já usou benefícios governamentais e está sem caixa. “O setor está perto de colapsar e estas medidas só prejudicam a manutenção de empregos”. Para evitar “novos sobressaltos”, as entidades querem contar com representantes no grupo de gerenciamento de crise coordenado pela prefeitura.