As empresas de ônibus de Joinville garantem entender as medidas de prevenção ao coronavírus, mas também se dizem “preocupadas” com a paralisação no transporte coletivo, determinada pelo governo do Estado ainda na semana passada e estendida até 8 de abril como forma de enfrentamento à pandemia. O período de 21 dias de suspensão representa 75% da receita das permissionárias em um mês, enquanto que somente a despesa de pessoal representa 50% do custo de operação. Ou seja, o pagamento da folha terá de vir de alternativas. O transporte coletivo de Joinville mantém dois mil empregos diretos.

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A prefeitura de Joinville está estudando uma forma de permitir a utilização de parte da frota do transporte regular como fretamento. Seria a fórmula para atender a maior demanda por passageiros a partir da semana que vem, quando mais atividades econômicas serão permitidas. Mas ainda não há definição. A prefeitura anunciou ainda a suspensão do pagamento do ISS das empresas por 90 dias, mas a medida só tem eficácia a partir da volta da circulação dos ônibus, afinal, com a paralisação, não há como gerar receita tributável.

Na entrevista desta sexta-feira sobre as ações contra o coronavírus, o governador Carlos Moisés reafirmou a manutenção da suspensão do transporte coletivo no Estado, mesmo com a retomada de mais setores econômicos. A proibição seria para reduzir os riscos de contágio. Para o governador, as pessoas terão de buscar “alternativas” para se deslocar ao trabalho.

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