Em conversa com jornalistas pouco antes da posse, o governador Carlos Moisés (PSL) abordou o “momento diferente” do novo governo. “Nossos secretários foram escolhidos por critérios técnicos”, garantiu Moisés, citando que todos têm atuação na área para a qual foram escolhidos. Empossado na terça-feira, o novo governador pregou mais transparência e vigilância por meio de Controladoria-geral e demais mecanismos de controle.
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Moisés se comprometeu em acabar com o uso do papel na administração, citando também objetivo de entrega de resultados semelhantes aos observados na iniciativa privada. Na entrevista desta quarta-feira (2) o governador vai dar mais detalhes sobre as primeiras ações de seu mandato.
Em questionamento sobre a escolha do secretário da Educação, Natalino Uggione, Moisés enfatizou a preocupação com melhoria dos ensinos técnico e médio, com foco na profissionalização, afinal, lembrou ele, nem todos estudantes concluintes do Ensino Médio buscam a formação superior. No encontro com a imprensa, o governador ainda apontou os investimentos em infraestrutura rodoviárias como um dos principais pedidos ouvidos por ele durante a campanha eleitoral, principalmente em solicitações de entidades empresariais.
Os recursos a serem economizados com o enxugamento serão destinados a esses investimentos em rodovias, segundo Moisés. No discurso de posse, na Assembleia, o termo “eficiência” foi abordado em vários momentos. “Não só é preciso gastar menos, e sim gastar melhor.”
Ausência
A falta de representantes de Joinville no colegiado de Carlos Moisés foi minimizada por Udo Döhler. Para o prefeito, o mais importante é a competência. “Paulo Eli conhece as finanças, é competente e tem uma proposta para a redução das dívidas”, diz ele, citando a Fazenda como exemplo. Para Udo, o alinhamento do governador com o presidente Bolsonaro será fundamental para o Estado. “Brasília vai descobrir Santa Catarina”, alegou o prefeito.
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Reforma
Esta quarta-feira (2) é o dia da assinatura do contrato da reforma da rodoviária de Joinville, com início das obras em janeiro e conclusão até o final do ano.
A troca da cobertura e de pisos está prevista no investimento de R$ 4,2 milhões contratado pelo Ipreville, dono do imóvel desde o final da década de 1990.. O atendimento será feito em contêineres instalados no estacionamento durante parte das obras.
Joinville em pauta
Na posse, o governador Carlos Moisés já adiantou que pretende vir a Joinville para um café. Nos próximos dias, o prefeito Udo Döhler pretende marcar uma audiência em Florianópolis para apresentar as demandas da cidade, principalmente em infraestrutura e saúde.
Comissões
A única mudança importante nas comissões da Câmara de Joinville a partir de fevereiro será a saída de Jaime Evaristo (PSC) da presidência do Urbanismo. Na comissão de Legislação, Maurício Peixer (PR) continuará no comando. Das oito comissões do Legislativo, as duas, Urbanismo e Legislação, são as mais decisivas na Câmara. Até fevereiro, também devem ser definidas todas as diretorias. O futuro presidente, Cláudio Aragão, deve definir logo quem será nomeado.
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Quatro anos
Nesta semana, completaram-se quatro anos do início do contrato da Prefeitura de Joinville com o PAC da Mobilidade, um financiamento de R$ 100 milhões, com revitalização de 55 km de vias e construção de três pontes (Anêmonas, Nacar e Aubé). Como já informado neste espaço, só saiu a melhoria em trecho da rua São Paulo, ainda não inaugurada porque falta a instalação dos pontos de ônibus.
Só a São Paulo
Mesmo para essa obra, a liberação do governo federal foi parcial, de R$ 2,8 milhões, o que levou a Prefeitura ter de complementar – a obra custaria R$ 5,1 milhões, sem eventuais aditivos.
As demais obras não saíram porque a Prefeitura de Joinville não tem o dinheiro para complementar o pacote: pelo alegado pelo município, ou faz tudo previsto no contrato em vigor desde 30 de dezembro de 2014 ou não faz mais nada. Os R$ 100 milhões já não são suficientes e seriam precisam mais R$ 25 milhões, quantia que o Executivo alega não ter.
Uma tentativa
A tentativa para salvar o PAC, em curso há meses, é financiar esse montante da complementação, operação permitida por nova portaria da Caixa. Mas é improvável que vá adiante. Assim, o badalado financiamento, com alegada possibilidade de até reduzir custos do transporte coletivo devido aos investimentos em corredores de ônibus, deve ficar apenas no trecho da São Paulo.
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A vez de Bolsonaro
No discurso de posse, terça (1) em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro citou as metas do seu governo. “Vamos unir o povo; valorizar a família; respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã; combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil será livre das amarras ideológicas”, garantiu.
Também houve apelo ao Congresso. “Convoco cada um dos congressistas para me ajudarem na missão de restaurar e reerguer a nossa pátria, libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica.”
Curtas
Em estudo
Em um dos últimos atos do ano, o prefeito de São Francisco do Sul, Renato Gama Lobo, formou uma comissão para avaliar a possibilidade de a Prefeitura receber imóveis em troca de pagamento de dívidas do município.
Proximidade
Udo Döhler está confiante na possibilidade de o Coronel Armando, deputado federal eleito pelo PSL e com base em Joinville, ser um interlocutor da cidade com o governo federal. O futuro parlamentar tem relações com o presidente.
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