O Ministério Público de Santa Catarina está apurando a capacidade de atendimento do Hospital Municipal São José, em Joinville. Em inquérito civil aberto nesta semana, a 15ª Promotoria de Justiça enviou à Secretaria de Saúde de Joinville ofício com uma série de questionamentos. Uma das perguntas é sobre mais medidas estão sendo tomadas para eliminar o déficit de leitos no hospital e se a falta de leitos não ocorre por causa da pandemia, que conta com estrutura específica de atendimento.
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Em procedimento anterior, a secretaria alegou que em caso de falta de leitos para internação, há pacientes que permanecem no pronto-socorro à espera de vaga, com assistência de equipe médica da especialidade necessária. Em média, entre 10% a 15% dos pacientes passam pela situação. O MP quer saber se em caso de lotação máxima, os pacientes que esperam por vagas são incluídos no sistema de regulação de leitos para eventual transferência para outros hospitais.
Também são solicitadas informações à Secretaria de Estado da Saúde sobre eventuais restrições no sistema de regulação sobre internação de pacientes que aguardam internação para atendimento oncológico de emergência ou outra especialidade.
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ATENDIMENTO
A Secretaria de Saúde de Joinville alega que todo o atendimento é prestado aos pacientes que aguardam por leitos. Também há inserção do paciente no sistema de regulação para eventual transferência. Para atender a demanda das demais especialidades, parte das vagas exclusiva para coronavírus está sendo transformada em leitos gerais.
O Hospital São José tem 70 leitos de UTI. No mês passado, com a diminuição na demanda, dez leitos exclusivos para Covid-19 foram transformados em leitos gerais. Assim, são 40 vagas para coronavírus e 30 gerais. Em outubro, mais conversões serão realizadas. O mesmo procedimento foi realizado nas enfermarias, onde há 166 leitos – 26 são para Covid-19.