Em raro caso em Joinville no qual o partido do prefeito, mesmo contando com maioria entre os vereadores, não terá a presidência da Câmara em nenhum período dos quatro anos de mandato, o comando do Legislativo deverá ficar com Diego Machado (PSDB) pelos próximos dois anos, em eleição da mesa diretora a ser realizada nesta quarta-feira. Ainda conforme o acordo entre a maioria dos vereadores, Henrique Deckmann (MDB) será o vice-presidente e Luiz Carlos Sales (PTB) será escolhido como primeiro secretário.

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O partido de Adriano Silva, o Novo, não estará, portanto, na mesa diretora nos próximos dois anos. O que não é problema nenhum para o prefeito: a base governista vai se manter ampla, situação que deve ser prolongar, ao menos, até o início do segundo semestre de 2024, quando começaram as convenções para as eleições municipais.

Nos últimos 40 anos, o partido do prefeito sempre comandou a Câmara pelo menos um período, desde que o administrador tivesse maioria – o PT não chegou a ter a presidência da Câmara no governo Carlito (2009-2012), mas o prefeito não tinha maioria (a frágil maioria conquistada na segunda metade do mandato foi justamente porque o PT ajudou a eleger Odir Nunes).

Desde a primeira eleição municipal após a volta do pluripartidarismo, realizada em 1982, o partido do prefeito de Joinville dirigiu Câmara por pelo menos um período do mandato, desde que conte com a maioria. Foi assim com Mauro Moura (PMDB), presidente do Legislativo em dois momentos do governo Wittich Freitag (1982-1988). Durival Lopes Pereira (PDS) dirigiu a Câmara na segunda metade do governo Luiz Gomes (1989-1992).

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A situação se repetiu nos dois últimos anos do segundo mandato de Freitag (1993-1996), com Nestor Westrupp (PFL). Na segunda e terceira administrações de Luiz Henrique, entre 1997 e 2002, somente em 1999, com Hercílio Rohrbacher (então no PFL), a presidência da Câmara não esteve como o PMDB (os demais presidentes foram João Pessoa Machado, Arinor Vogelsanger e João Luiz Sdrigotti, em acordos que dividiram mandatos).

O PT de Carlito não elegeu nenhum petista como presidente da Câmara entre 2009 e 2012, mas a base governista não era maioria. O governo Udo Döhler manteve o PMDB na presidência da Câmara por oito anos, com João Carlos Gonçalves, Fernando Krelling, Rodrigo Fachini e Claudio Aragão. Com Adriano Silva, o Novo até ensaiou candidatura em 2021, mas acabou compondo com os demais partidos e o eleito foi Maurício Peixer (PL), atual presidente. A estratégia agora se repete – não é permitida a reeleição para a presidência da Câmara na mesma legislatura -, desta vez com Diego Machado.

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