A comparação com a solicitação do DNIT para a obra ajuda a demonstrar como a previsão para a duplicação da BR-280 é insuficiente. No Caderno da Proposta Orçamentária 2021, com estimativas de investimentos em infraestrutura, o departamento solicitou R$ 265 milhões para as obras de duplicação da rodovia no segmento entre Jaraguá do Sul e São Francisco. O DNIT quis ainda R$ 18 milhões para desapropriações e R$ 13,2 milhões para a gestão ambiental. Em resumo, um pacote de R$ 296,2 milhões. As demais obras pelo País também recebem estimativas consideradas ideiais.

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Pois o orçamento da União para 2021 reservou R$ 60,8 milhões, a quantia remanescente após os vetos presidenciais – emendas haviam elevado a previsão para R$ 104 milhões. Assim, a obra terá à disposição neste ano apenas 20% do montante apontado como ideal. A quantia ficou abaixo até do previsto no ano passado, quando a estrada teve R$ 70,7 milhões. A duplicação tem 76km, divididos em três lotes. Em outros anos, a obra também ficou com repasse abaixo do solicitado inicialmente, por isso a lentidão nos trabalhos.

Os deputados estaduais incluíram R$ 100 milhões para a BR-280 na lei de participação do governo do Estado em obras de rodovias federais, mas é improvável que os recursos venham a ser liberados para a duplicação federal – a prioridade estadual é a conclusão da duplicação de trecho da 280 cedido ao Estado, em Jaraguá e nessa obra o repasse poderá ser maior. 

Com o orçamento escasso, uma obra iniciada em 2014 que deveria estar pronta entre 2018 e 2019 vai se arrastar ao longo deste ano. Os trabalhos ainda não chegaram na metade e, no caso do lote entre São Francisco do Sul e Araquari (BR-101), estão ainda mais atrasados. Nem as desapropriações começaram no lote 1 (no trecho do novo traçado, proprietários liberaram os trabalhos) e ainda não foi definido o que será feito no canal do Linguado.