Tema antigo, a possibilidade de o governo do Estado assumir a folha de pessoal do Hospital São José estará presente na campanha eleitoral em Joinville, inclusive já aparecendo em propostas de determinados candidatos. Não será tarefa fácil. O custo das despesas de pessoal do hospital mantido pela prefeitura, incluindo encargos, está em R$ 14,5 milhões e o governo do Estado tem três hospitais em Joinville (Regional, Infantil e Darcy Vargas) – um deles, o Infantil, é administrado por organização social, mas o pagamento é feito pela Secretaria de Estado da Saúde.

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Tecnicamente, o Estado não tem como assumir os servidores municipais, mas pode repassar recursos para custeio, a ser usado pelo município na folha. Nos oito anos do governo Udo Döhler, essa foi uma das principais pautas junto ao governo do Estado – a prefeitura só conseguiu a transferência de três parcelas de R$ 3 milhões cada, no final de 2018, com o governo Eduardo Pinho Moreira.

As alegações para as tentativas de passar a conta para o governo do Estado são motivadas pela atuação regional do Hospital São José em uma área de média e alta complexidade, de competência estadual e federal. Também houve tentativas de custeio pelo governo federal.

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Se não fosse o custo com o hospital – uma conta dividida com o governo federal por meio do SUS, no pagamento de procedimentos – Joinville não gastaria 39,6% (índice do ano passado) de suas receitas tributárias com saúde, sendo que a obrigação é de 15%. A transferência da despesa para o Estado realmente seria fundamental para o fôlego financeiro da prefeitura, mas o grande desafio seria convencer a administração estadual a concordar.

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