As propostas de Adriano Silva (Novo) e Darci de Matos (PSD) para o Hospital São José são semelhantes em um ponto: são de difícil execução. Adriano sugere uma organização social (OS) na gestão do hospital municipal, em modelo semelhante ao utilizado no Hospital Infantil, este estadual. Mas o Infantil adotou o modelo logo após a inauguração, não era um estabelecimento consolidado, como o São José. No caso do hospital municipal, dois modelos de contratação, público e privado, de servidores teriam de conviver juntos por décadas, até a aposentadoria dos servidores.
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O candidato do Novo responde com exemplo de hospital público de São Paulo assumido por organização privada. Mas se trata de uma instituição de menor porte. O governo do Estado já ensaiou transferir o Hospital Regional para OS em 2011, mas a resistência foi tamanha que o edital nem chegou a ser lançado – o Hans Dieter Schmidt continua sendo administrado pelo governo estadual.
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Já a proposta de Darci de Matos de convencer o governo do Estado a repassar o equivalente ao custo da folha de pessoal do Hospital São José não é novidade: o governo Udo fez a mesma cobrança e até conseguiu receber três parcelas no final de 2018. A alegação é de que a atuação regional do hospital municipal deve ter uma compensação do Estado.
Só que já são três hospitais estaduais em Joinville, sendo improvável que o governo vá assumir uma conta mensal que passa de R$ 14 milhões. O custeio do São José, uma estrutura com 1,6 mil funcionários e referência em uma série de especialidades, é o principal motivo de a prefeitura de Joinville gastar perto de 40% de sua receita tributária com saúde. Adriano Silva e Darci de Matos disputam o segundo turno na disputa pela prefeitura de Joinville.