Apesar da insistência dos pré-candidatos nas alianças, a disputa pela prefeitura de Joinville vai chegar às convenções com um número reduzido de coligações encaminhadas: as definições vão ficar para a última hora, com boas chances de um lançamento elevado de candidatos. Há possibilidade inclusive de ser ultrapassado o número de concorrentes da eleição passada, quando oito nomes se candidataram a prefeito de Joinville. Para as eleições de 2020, as convenções serão realizadas entre 31 de agosto e 16 de setembro.

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O candidato governista, Fernando Krelling (MDB), tem aliança encaminhada com Pros e PTB, mas espera conquistar mais tempo de TV com PSD, PDT e até PSL. O sonho de aliança com o PSD, em contatos com Julio Garcia, vai se manter até que Darci de Matos anuncie sua candidatura. Mas enquanto o deputado não se define, o partido continua na mira do MDB. O PSL tem pré-candidato próprio, Dalmo Claro, mas é um partido sempre nos planos – até porque é o partido com maior tempo de TV.

A formação de um bloco com Podemos, PSDB, PP, DEM e Republicanos parece distante. Dos cinco partidos, só o DEM, já fechado com o Podemos de Ivandro de Souza, não tem nome próprio para concorrer a prefeito. O pré-candidato do PSDB, Rodrigo Fachini, provavelmente sabendo que sua candidatura poderia ser sacrificada, correu para buscar apoio de lideranças estaduais e nacionais tucanas e conseguiu se manter no jogo. De quebra, o PSDB de Joinville fez nota dando os nomes de quem participa das discussões sobre as alianças. Na lista, não aparece o nome de Gelson Merisio, um dos articuladores da “grande aliança”.

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OS ENIGMAS

Há os mistérios: o que PSB e PL vão fazer? O partido de Rodrigo Coelho não deve permitir a candidatura do deputado federal. Já o PL diz que mantém o “projeto” com Coelho, ainda que o deputado tenha candidatura improvável. A tática do PL é evidente: ganhar tempo para se posicionar em um quadro mais nítido. Outra dúvida é referente a Darci de Matos: quais partidos vão fazer parte da coligação do provável candidato? O deputado já tem legendas em articulação, mas como ainda não disse que é candidato, não fala em alianças. Os adversários acham que o PP pode ser um aliado de Darci, mas o partido tem Francesc Boehm como pré-candidato.

MAIS CONTATOS

Uma coligação encaminhada une o Cidadania de Tânia Eberhardt com o Solidariedade. Mas há movimentos para atrair os dois partidos para outras alianças. O Patriota de Nelson Coelho até tem mantido conversas com outras legendas, mas o objetivo principal é dar um selo de candidatura bolsonarista, por isso a busca de lideranças mais alinhadas com o presidente, como o deputado Sargento Lima (PSL), por exemplo.

A frente de esquerda sonhada por Francisco de Assis (PT) não passou de ensaio e o partido não deverá ter aliados. Com posicionamento ideológico diferente, o Novo de Adriano Bornschein Silva não terá partidos coligados, mas por opção. Por ora, a ausência de tais coligações ampliadas parece ser uma regra da disputa pela prefeitura de Joinville.

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