Perto de iniciar, a campanha eleitoral das eleições 2020 para a escolha da prefeitura de Joinville tem boas chances de trazer temas em discussão há pelo menos duas décadas na cidade. Basta conferir os debates da distante eleição de 2000 para observar a sobrevivência de determinadas propostas até hoje – ainda que significativa parcela das demandas discutida naquele ano tenha sido atendida nos anos seguintes. Outras até perderam sentido. Mas como é momento de alinhavar o futuro de Joinville, se recorre ao que foi discutido no passado e ainda não virou realidade. A lista não é pequena.

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Em 2000, ainda era muito presente a discussão sobre a Beira-mangue, um contorno de 12 quilômetros na zona Leste de Joinville. A avenida entre a ponte do Trabalhador e o aeroporto seria às margens do mangue, como o nome diz, ajudaria a desafogar o trânsito e ainda teria apelo turístico. Pouco foi feito por causa do licenciamento ambiental e desapropriações.

A necessidade das pontes das ruas Aubé e Anêmonas foi apontada em 2000. O Eixo K, de discussão com o governo do Estado neste momento, seria uma nova ligação dentro do Distrito Industrial. Ainda na área de infraestrutura, a construção do contorno ferroviário para a retirada da passagem dos trens da área urbana já tinha certa urgência.

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O TELEFÉRICO

No turismo, não faltava ousadia. Para o Morro do Boa Vista, a grande atração poderia ser um teleférico, proposta que acabou esquecida. Fazer Joinville deixar de ter as “costas viradas para o mar” era uma questão bem mais presente do que hoje e investimentos no Morro do Amaral e Espinheiros eram cobrados. No caso do Espinheiros, até já era usada a expressão Porta do Mar, nome da estrutura construída posteriormente junto à Babitonga, mas muito distante do “complexo náutico de turismo e lazer” pretendida. Em 2000, se imaginava que o Zoobotânico poderia ser o grande parque da cidade.

Na área ambiental, como não poderia deixar de ser, o grande tema era a despoluição do rio Cachoeira. A ampliação da rede de esgoto ajudou a melhor a qualidade da água, mas despoluído o Cachoeira não está. Na educação e na saúde, as propostas eram no sentido de continuidade e melhorias, sem promessas de maior envergadura. Mas agora em 2020, é vez das novas propostas, sendo que parte delas já terão duas décadas de existência.

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