A escolha de um trecho de apenas 300 metros para o início da duplicação da Ottokar Doerffel demonstra, mais uma vez, a dificuldade de a prefeitura de Joinville conseguir recursos para as desapropriações. O drama vem do final dos anos 2000. No trecho escolhido, entre as ruas Rio Grande do Sul e Porto União, não há ainda indicativo de necessidade de compra de áreas – em outros pontos, ainda que não em toda a extensão da Ottokar Doerffel, será preciso desapropriar. O plano agora é fazer a duplicação em etapas. O mesmo entrave, referente à compra de imóveis, deve impedir ou atrasar outras duplicações pretendidas pelo governo Adriano.
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> Duplicação de acesso em Joinville vai começar em trecho de 300 metros
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No ano passado, a prefeitura ampliou a previsão de recursos para as desapropriações, elevando para R$ 16 milhões, mais do que o dobro do reservado anteriormente – e mais do que foi efetivamente gasto: o governo Udo despendeu R$ 7,3 milhões com as desapropriações no segundo mandato (sem incluir os precatórios por aquisições anteriores). No entanto, reserva orçamentária não é garantia de execução. Até agora, em 2022, foram desembolsados R$ 764 mil em desapropriações.
No caso da Ottokar Doerffel, o trecho escolhido também se encaixa no recurso existente, os R$ 3,9 milhões de emenda do deputado federal Rodrigo Coelho. A duplicação de todo o acesso, entre a BR-101 e a Ministro Calógeras, custa mais de R$ 70 milhões. As demais duplicações pretendidas pelo governo Adriano, Almirante Jaceguay, Dona Francisca (entre Döhler e Schulz) e Santos Dumont (entre as universidades e João Colin) também vão precisar de recursos para desapropriações. A Marquês de Olinda esteve na lista, mas aparentemente saiu de pauta.
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