Uma conta simples mostra que as obras de duplicação da BR-280 podem demorar mais de uma década para a conclusão. Depois de pouco mais de quatro anos de trabalho, o governo federal gastou R$ 324,4 milhões, com R$ 284,4 nos três lotes entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul e o restante em desapropriações. Como são quatro anos (o início efetivo foi no segundo semestre de 2014, mas concentrado na montagem dos canteiros, por isso 2015 é usado como marco inicial) de obras, a média fica pouco acima de R$ 80 milhões por ano.
Continua depois da publicidade
Como ainda falta R$ 1,07 bilhão para a conclusão, incluindo obras, desapropriações e demandas indígenas, seriam 13 anos para concluir se fosse usada a média anual do que já foi gasto até agora. Mas em uma projeção mais otimista, utilizando como referência o orçamento de 2019, de R$ 109 milhões (R$ 89 milhões deste ano mais R$ 20 milhões que sobraram do ano passado), ainda assim leva uma década se esse montante se repetir nos próximos anos.
O próprio DNIT alega que o adequado seriam R$ 400 milhões por ano. Como está conseguindo apenas um quarto disso, a duplicação vai se arrastar se não houver dotações orçamentárias mais expressivas.
A coluna não incluiu os custos com supervisão. O Linguado também não está na conta porque não há definição se será construída uma ponte ou se o aterro será alargado para contar com mais pistas, opção de orçamento menor, mas dependente de improvável autorização do Ibama.
Leia também: Falta de dinheiro impede início das desapropriações na duplicação da BR-280
Continua depois da publicidade
Pedido de Araquari
Enquanto a duplicação da BR-280 não deslancha em Araquari, empresários e outras lideranças querem a instalação de três trevos alemães na rodovia, uma forma de facilitar o acesso à cidade. Nesse tipo de trevo, o veículo aguarda no centro da pista o momento de fazer a conversão. Na entrada do Porto Grande deve ser instalado um deles, no segundo semestre.
Comando estadual
Será na condição de presidente estadual do PSDB a atuação de Marco Tebaldi na eleição municipal de Joinville, sem concorrer a prefeito. Nas últimas duas décadas, sempre que o partido teve candidato, foi com ele. Em 2000, foi vice de Luiz Henrique, com posse como prefeito em 2002 após a renúncia do emedebista para concorrer ao Estado. Tebaldi se reelegeu em 2004 e tentou emplacar Darci de Matos (então no DEM) em 2008, sem sucesso.
Até novo filiado
O próprio Tebaldi tentou a volta à Prefeitura em 2012 e 2016. Agora, está fora. “Mas teremos candidatos, sim, vamos preparar um nome”, diz o ex-prefeito e ex-deputado. O nome citado é de Paulo Bauer, mas há outras possibilidades, inclusive por meio de nova filiação. A possível fusão do PSDB com o DEM, no segundo semestre, será um fato a fortalecer esse grupo político, segundo Tebaldi. “Será uma grande mudança”, diz.
Exonerações na prefeitura
Os aliados de Rodrigo Fachini (MDB) estão sendo exonerados na Prefeitura e Câmara. No início do ano, pelo menos quatro ocupantes de cargos comissionados ligados ao vereador foram demitidos. Na quinta (02), saíram Clailton Breis de gerência na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Rogério Atanázio de uma diretoria da Câmara. Na sexta, foi a vez de Tiago Furlan deixar uma gerência na Secretaria na Secretaria de Turismo.
Continua depois da publicidade
“Retaliação”, diz Fachini
“É retaliação a mim, mas estão perdendo nomes técnicos”, resume Fachini, que pretende levar a situação para discussão dentro do MDB, também partido do prefeito. Fachini se afastou do governo Udo ainda nas eleições, quando se sentiu preterido na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa. Depois, o vereador tentou organizar uma chapa de oposição ao governo na eleição para a presidência da Câmara. Sem êxito, deixou a base e foi para a oposição.