A reação de lideranças políticas e empresariais de Joinville na audiência pública sobre a BR-101 mostrou que o comportamento de quase duas décadas atrás não vai se repetir. Nos preparativos para a concessão em vigor, com leilão realizado em 2007, a cobrança por mais investimentos na região de Joinville não ganhou destaque, até porque era momento de satisfação com a duplicação concluída havia poucos anos, após uma das maiores mobilizações da cidade por uma obra. Nem quando as vias marginais existentes na região antes da concessão deixaram de ser incorporadas ao contrato, como houve com trechos da 101 entre Itajaí e a Grande Florianópolis, houve protestos. Desta vez, está sendo diferente.

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Joinville tem o maior trecho da BR-101 da concessão, com 38 quilômetros, entre 24 cidades. Apenas em outros três municípios a extensão das BRs 376 e 101 passa de 20 quilômetros. As obras previstas no contrato de concessão foram realizadas, mas a rodovia está saturada, com trânsito mais pesado. A ANTT está cobrando a execução de mais obras por causa do maior volume de tráfego, mas a proximidade com o final do contrato dá pouco prazo para “diluir” os investimentos na tarifa.

Joinville teve audiência pública e exibição de proposta para região

A principal cobrança de Joinville neste momento é de mais vias marginais, não só no município, mas também em cidades vizinhas. Seria a forma de garantir o tráfego local somente pelas vias laterais, sem precisar acessar as pistas principais. A demanda é atendida apenas parcialmente na proposta de repactuação. Curiosamente, na década de 90, antes da duplicação da BR-101 Norte, parte das vias marginais previstas foram suprimidas do projeto em troca de inclusão de mais viadutos na travessia urbana de Joinville.

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Reação

A proposta apresentada na segunda-feira não agradou as lideranças em Joinville, com reações negativas na audiência realizada pelo Fórum Parlamentar Catarinense: o posicionamento é favorável à repactuação, mas com mais obras, afinal, a prorrogação pode ampliar o prazo da concessão de 2033 para 2048. A estimativa é de que até o final do ano, Ministério dos Transportes, ANTT e concessionária concluam as tratativas e a prorrogação do contrato seja assinada.

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