Coordenador do Centro de Triagem de Joinville, o médico infectologista Luiz Henrique Melo atribui a maior procura por atendimento na estrutura montada no bairro Boa Vista ao crescimento no número de casos positivos. “Incrível como grande parte da população só passou a acreditar na pandemia quando chegou na vizinhança”, alegou Melo em depoimento nas redes sociais (leia a íntegra, abaixo).
Continua depois da publicidade
O movimento quadruplicou na semana passada. O Centro de Triagem realiza testes rápidos para coronavírus, com agendamento, dentro do programa de testagem da Secretaria de Saúde de Joinville. Já os testes PCR são aplicados em pessoas com sintomas, com definição por pontuação de severidade.
Em junho, com a expansão da testagem, o número de casos confirmados em Joinville passou de 416 (final do mês passado) para 921 registros, conforme a atualização deste domingo do governo do Estado. Portanto, os casos mais do que dobraram em um intervalo de 20 dias.
Dessa forma, relata o médico, mais pessoas começaram a conhecer pacientes com a doença. “A partir daí começaram a procurar a unidade para fazer os exames”, contou. Os resultados dos testes feitos na semana passada serão conhecidos nesta semana.
O DEPOIMENTO DO MÉDICO LUIZ HENRIQUE MELO
Continua depois da publicidade
“Quadruplicamos o número de atendimentos no Centro de Triagem de Joinville na última semana. Qual o motivo?
Primordialmente pelo aumento do número de casos, obviamente.
Nas semanas anteriores tínhamos três tipos de comportamento nos joinvilenses pouco adeptos do isolamento/distanciamento social:
1º Aqueles que não se preocupavam
2º Aqueles que achavam que não chegaria
3º Aqueles que achavam que já havia passado
Entretanto, o aumento significativo dos testes realizados na cidade fez esta percepção mudar, por um motivo: as pessoas passaram a conhecer alguém positivo. A partir daí começaram a procurar a unidade para fazer os exames. Incrível como grande parte da população só passou a acreditar na pandemia quando chegou na vizinhança.
A próxima fase da pandemia localmente, será quando as pessoas começarem a ter pessoas próximas falecendo pela doença. Quem sabe passem também a acreditar nas medidas de prevenção”.
Continua depois da publicidade