Provável tema de campanha eleitoral deste ano em Joinville, a instalação de outros modais de transporte, como metrô de superfície ou veículos leves sobre trilhos (VLTs), está distante e não vem sendo nem mais motivo de debate, diferentemente do que ocorreu no final da década passada, por exemplo. Mas encerrada a disputa eleitoral, demandas menos espetaculares, como pavimentação e tapa-buracos acabam tomando conta do dia a dia na pauta da infraestrutura e da mobilidade.

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No final da década passada, Joinville discutiu os novos modais. A CDL, naquele momento adversária dos corredores de ônibus na João Colin e Blumenau por temor de prejuízos nas vendas (“onde os clientes iam estacionar”) chegou a contratar estudo com alternativas de novos meios de transporte, como os veículos leves sobre trilhos (VLTs).

Os corredores de ônibus triunfaram, embora nunca tenham alcançado o patamar sonhado naquele período entre 2007 e 2008, de BRT (ônibus de trânsito rápido, na sigla em inglês): seriam corredores realmente exclusivos, com plataformas de embarque no nível dos veículos e vias totalmente de concreto – e não pequenos trechos, com adotado hoje em ruas escolhidas do PAC da Mobilidade. Nunca mais o tema teria tanto destaque.

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A atual administração municipal não chegou a levar adiante o tema dos novos modais. Na campanha de 2012, o plano de governo de Udo chegou a citar o início do projeto e tratativas para a implantação do transporte de massa, citando o metrô de superfície. No plano de 2016, o tema sumiu. Há dez anos, antes de assumir a prefeitura, o empresário alegava que, naquele momento, Joinville não tinha demanda para um metrô de superfície, mas era preciso iniciar os estudos.

A sugestão era usar o rio Cachoeira, seja por meio da construção sobre a calha ou mesmo com a instalação de arcos ao alto. O traçado acompanharia o perfil de deslocamento Norte-Sul e, se não bastasse, Joinville não precisaria gastar com desapropriações – pelo menos no trecho do Cachoeira. Uma vez prefeito, Udo jamais colocaria novos modais sobre trilhos como prioridade – Carlito Merss, no final do mandato, foi à Europa para conhecer modelos semelhantes, como veículos leves sobre pneus.

PLANO DE MOBILIDADE

No governo Udo, o empolgado Plano de Mobilidade de 2015 cita outros modais, sem chegar a citar prazos (como foi feitos em outras situações envolvendo o transporte). A diretriz é para “elaborar estudos de viabilidade” para modais como “aeromóvel, VLT, VLP, trem urbano, e outros”. Outra sugestão é estudar a possibilidade de transporte de passageiros por meio de atual linha do trem. O antigo Ippuj tinha estudo preliminar para reutilização do traçado do trem quando o contorno ferroviário de Joinville ficasse pronto e as composições de cargas deixassem de cruzar a área urbana.

Na atual década, o debate perdeu força. Custos e a alegada demanda ainda insuficiente de potenciais passageiros foram os motivos. Não há projeto algum em andamento sobre os novos modais. Mas nada impede a retomada do tema em momento de campanha eleitoral.

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