O transporte coletivo em Joinville colocou o governo Udo em dilema, sem definição ainda se será apresentada ação judicial para tentar a retomada do serviço ou a prefeitura parte para o enfrentamento com o governo do Estado e publica decreto autorizando a volta dos ônibus. A decisão do prefeito Udo Döhler deve ser tomada até quinta-feira, quando se encerra o prazo da suspensão do transporte coletivo. No entanto, o decreto de restrição pode ser prorrogado: na entrevista coletiva desta segunda-feira, o governo do Estado não citou prazos para a liberação do transporte.

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As empresas tentaram a retomada via judicial. A liminar foi conquistada na sexta, dia 10, e mesmo antes da retomada programada para a segunda seguinte, foi derrubada no domingo pelo Tribunal de Justiça, atendendo a recursos do governo do Estado e do Ministério Público. As permissionárias recorreram e a suspensão foi mantida. Houve entendimento de que o momento é “delicado”. Também foi alegado que o município só pode ser mais restritivo do que o Estado e não atenuar as medidas estaduais. As empresas continuam recorrendo.

O governo Udo quer a flexibilização para permitir o transporte de trabalhadores das atividades liberadas. Para o prefeito, os ônibus podem ser mais bem fiscalizados do que outros meios de transporte, em uma referência às medidas de prevenção. No entanto, a prefeitura ainda não definiu como tentará a retomada do transporte. O prefeito já admitiu a possibilidade de ingressar com ação na Justiça.

Suspenso desde 19 de março, o serviço só conta com linhas para transporte de trabalhadores da saúde. A CDL fechou parceria de fretamento, exclusiva para funcionários de lojistas cadastrados no serviço.

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