Na prefeitura de Joinville, a crença é de que a flexibilização nas restrições tomadas em enfrentamento ao coronavírus será gradativa. O entendimento é de que o “caminho para a normalidade” será lento, mas possível de ser iniciado. “Temos que manter os cuidados, mas estamos ficando cada vez mais distantes do pânico e do medo”, disse o prefeito Udo Döhler na última quarta-feira, após uma das reuniões diárias de avaliação dos impactos da pandemia. Os serviços essenciais da prefeitura estão mantidos, as subprefeituras voltaram ao trabalho, mas ainda não há data para a normalização de todas as atividades. A situação de emergência está entrando na terceira semana, com continuidade das recomendações de isolamento social.
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As avaliações da administração municipal acompanham as manifestações feitas pelo governo do Estado durante a semana. As medidas em Joinville têm seguido os decretos estaduais. O isolamento social continua valendo no Estado, mas, a partir da próxima semana, mais atividades econômicas estarão liberadas. Como a suspensão ao transporte coletivo está mantida, o município tenta um meio de liberar parte da frota regular para o fretamento para empresas – o comércio volta na quarta, com limitações.
Os preparativos para eventual aumento no número de casos vão continuar, principalmente na reserva de leitos de UTI. Neste momento, Joinville tem nove casos de coronavírus confirmados pelo Estado, enquanto que a Secretaria de Saúde de Joinville prevê para abril o pico do coronavírus na cidade.
ESPERA PELO ESTADO
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A flexibilização é prevista para diferentes setores, embora ainda seja preciso aguardar pelas diretrizes do Estado. As obras públicas paralisadas nas últimas semanas estão sendo retomadas. “Não são aglomeração e devem voltar”, alega Udo.
Na avaliação da prefeitura de Joinville, as creches deverão ser as primeiras unidades a ter permissão pela reabertura, assim que forem autorizadas a volta das aulas (não há data definida para isso, a rede de ensino está suspensa). A escolha seria motivada pelo fato de muitas crianças terem de ficar sob os cuidados dos avós porque os pais trabalham – e os idosos estão no grupo de risco.
AULAS À DISTÂNCIA
A decisão não depende da prefeitura e sim do governo do Estado, mas a avaliação da Secretaria de Educação de Joinville é de que as aulas só poderão ser retomadas a partir de maio. Na quinta, completam-se 15 dias de suspensão das atividades das escolas. Esse período foi definido como de recesso de meio do ano. Portanto, até lá, não há perda de dias letivos. Em abril, a Educação deve iniciar a oferta de aulas à distância.
Na área econômica, a Câmara de Joinville vai analisar projetos do Executivo envolvendo cobrança de impostos. O Legislativo está com as atividades suspensas, mas poderá realizar reuniões de comissões e sessões de forma virtual, se houver necessidade. Nesta semana, foi lançado um pacote com prorrogação de pagamento de ISS para autônomos e transporte coletivo, suspensão do corte de água e isenção da cobrança da tarifa social do saneamento, entre outras medidas.
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