Às vésperas da entrega do projeto do orçamento de 2020 pelo governo federal ao Congresso Nacional, o contorno ferroviário de Joinville está mapeado para ficar fora, sem previsão de recursos. A obra foi excluída da última planilha do Ministério da Infraestrutura, concluída na sexta, por causa da falta de recursos. Até o final de agosto, a proposta orçamentária chega ao Congresso Nacional.
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Em maio, na primeira proposta do DNIT, sem levar em conta limitações de recursos, a solicitação foi de R$ 77 milhões milhões para o contorno de Joinville e R$ 88 milhões para a obra em São Francisco do Sul. Os montantes não são suficientes para a execução integral da instalação dos novos ramais, mas estão dentro do que é possível fazer em ano, incluindo parte das desapropriações. As planilhas seguintes do DNIT mantiveram os valores – até foram incluídos repasses para desapropriações (R$ 35 milhões para Joinville e R$ 30 milhões em São Chico).
Só que a redução do valor global para o DNIT levou ao corte do contorno de Joinville. Os investimentos na cidade catarinense, entre outras obras ferroviárias também excluídas, foram considerados “representativos em função de sua urgência e clamor pela sociedade”, alegou o Ministério da Infraestrutura. Para o contorno de São Francisco do Sul, foram previstos apenas R$ 4 milhões.
Para 2021
Se a retirada do contorno de Joinville se confirmar na proposta do orçamento para 2020, será muito difícil incluí-la durante a tramitação. O jeito será esperar por 2021. No caso de São Francisco do Sul, há a possibilidade de reforçar a dotação, já que a rubrica existe. As duas obras pararam entre 2011 e 2012 depois de constatada a necessidade de alterações no projeto (mais estaqueamento por causa de solos moles). Neste momento, estão na fase de licenciamento, entre outras providências. Mas havia a possibilidade de licitação em 2020, para a contratação de empresa para construir os novos traçados. Se a falta de previsão orçamentária se confirmar, a concorrência fica para 2021.
Nove quilômetros
Os contornos ferroviários são a opção para a retirada da passagem dos trens da área urbana. No caso de Joinville, a ferrovia cruza nove quilômetros em 12 bairros da zona Sul, com 14 cruzamentos de grande movimentação de veículos (há ainda outras travessias). O trem transporta soja e milho para o Porto de São Francisco do Sul e traz fertilizantes (ou matéria-prima para adubo) desembarcados do terminal portuário para os Estados do Sul.
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Em terceiro
No País, apenas Santa Cruz do Sul (RS), com 4,4 mil vagas, e Franca (SP), com 3,3 mil, criaram mais empregos na indústria do que Joinville, onde surgiram 3,2 mil novos postos. No ano passado, a cidade de Santa Catarina fechou o ano em terceiro.
No restante do país
O registro de desempenho negativo em Joinville no mercado de trabalho do comércio em 2019, com três vagas a menos em relação a dezembro do ano passado, não foge do resultado negativo no restante do País. No Brasil, o setor fechou 83 mil vagas neste ano, o único segmento com mais demissões do que contratações. Das 27 cidades com população entre 400 mil e 600 mil habitantes, só três criaram empregos nesse setor em 2019. Em Santa Catarina, são 5,2 mil postos de trabalho eliminados pelo comércio neste ano.
Formação
O PSDB de Santa Catarina deu largada para o programa Jovens Líderes, uma estratégia para atrair novas lideranças com até 30 anos de idade. Está previsto curso de capacitação.
Pirabeiraba
Cidadão escreve para cobrar melhorias no entorno do pórtico do Quiriri. Um dos pedidos é de roçada.
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Ainda falta
No último balanço da vacinação contra a febre amarela em Joinville, 303 mil pessoas procuram a imunização. Portanto, ainda faltam 169,5 mil pessoas do público-alvo para serem vacinadas.
Fila
Na semana passada, o Ministério Público abriu inquérito civil em Joinville para apurar se está havendo demora na fila do atendimento em radioterapia pelo SUS. O tratamento é usado contra o câncer.
Metade
Dos 513 empregos surgidos em Araquari neste ano, praticamente a metade, 256, foram na construção civil.