Entre as dez maiores cidades de Santa Catarina, apenas uma está com saldo negativo no emprego na construção civil em 2018, com mais demissões do que contratações: é Joinville, onde foram fechadas 116 vagas até novembro. E isso ocorre em um dos melhores anos do emprego na cidade, com mais de 10 mil postos de trabalho criadas até agora, principalmente pelos serviços e indústria. A crise na construção já vem de antes e até já foi mais aguda.
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Desde 2015, em boa medida por causa da crise, vem caindo a metragem liberada pela Prefeitura de Joinville para a construção civil. A queda foi de uma média mensal de 91 mil metros autorizados em 2014 para os 56 mil metros quadrados licenciados em 2018, também em média mensal. Entre 2015 e 2016, o setor fechou 969 vagas de emprego, conseguindo recuperar apenas 92 no ano passado.
Ou seja, a crise econômica provocou impactos bem mais intensos do que a pendenga envolvendo o licenciamento ambiental, “inaugurada” somente em 2018 – continua valendo a decisão judicial de março, com determinação de retorno da tarefa de licenciar do Instituto do Meio Ambiente para a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Joinville.
Para o fundo
A despesa com o Fundo Municipal do Meio Ambiente é mais elevada. Até novembro, foram pagos R$ 3,9 milhões, uma média mensal superior a R$ 350 mil mensais. É a principal fonte, disparada, de recursos para o fundo – que pode ter 30% de sua receita usada livremente pela Prefeitura, sem necessariamente ser destinada para a área ambiental.
Queda do ICMS
A Secretaria de Estado da Fazenda calcula que Joinville deixará de receber pelo menos R$ 11,1 milhões em 2019 por causa da redução do índice de ICMS.
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Receita
Mas se houver reação da economia, com maior arrecadação, o “prejuízo” seria maior para a Prefeitura de Joinville.