A ampliação da pista do Aeroporto de Joinville não está entre os investimentos previstos pela concessão do terminal à iniciativa privada. Questões ambientais nas proximidades das duas cabeceiras levaram à desistência da inclusão da pista. A decisão frustrou os três deputados com base eleitoral presentes na consulta pública realizada nesta segunda-feira, em Curitiba: ainda que favoráveis à concessão, os parlamentares querem mais investimentos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou o encontro para detalhar os investimentos nos nove aeroportos do bloco Sul, a serem leiloados até o final do ano.
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A ampliação da pista do terminal de Joinville chegou a ser examinada durante os estudos de concessão. As áreas vizinhas às extremidades da pista são de preservação ambiental, inclusive com cursos d’água. Eventuais dificuldades de licenciamento levaram o planejamento da concessão a manter a pista na atual metragem, de 1.515 metros. As alternativas estudadas, dependendo da cabeceira, custariam entre R$ 20 milhões e R$ 27 milhões para a pista ser ampliada para 1,9 mil metros.
Darci de Matos, Kennedy Nunes e Rodrigo Coelho foram unânimes em lamentar o fato de pista não ser ampliada. Sem tal investimento, o terminal de Joinville não poderá receber aviões de carga de dimensões maiores. “O Brasil está voltando a crescer e precisamos de mais investimentos em logística”, diz Darci.
Para Kennedy, os investimentos no terminal deveriam ser maiores do que os R$ 247 milhões previstos. “Enquanto isso, Navegantes vai ganhar um aeroporto novo, de R$ 700 milhões”, afirna o deputado estadual. Rodrigo Coelho considerou a consulta pública “decepcionante” por causa dos investimentos previstos. Para ele, a terceira maior economia do Sul deveria ter um aeroporto equivalente a força econômica. Os deputados estão tentando a realização de audiência pública em Joinville.
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