Incluídos na lista dos trechos com viabilidade para a retomada do transporte ferroviário de passageiros, em estudo elaborado pelo Ministério dos Transportes, os segmentos entre Joinville, Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul tiveram operações regulares até 1991. Naquele momento, a linha entre Corupá e São Francisco do Sul era realizado por meio das litorinas, vagões com motor próprio. Até houve, por um período, a continuidade de viagens em finais de semana, assim como as passagens de trens turísticos, mas o serviço regular oferecido até aquele início da década de 90 não retornaria mais. Neste momento, não há nenhuma previsão de retomada.
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O transporte de passageiros pela litorina foi interrompido pela RFFSA porque o transporte de cargas ganhou ainda mais prioridade. O objetivo da antiga estatal do setor ferroviário era atingir a marca de um milhão de toneladas levadas ao Porto de São Francisco do Sul por ano – atualmente, são mais de três milhões de toneladas anuais. Sem a litorina no caminho, a ferrovia ficaria mais “operacional” para os trens de carga.
Além disso, conforme apuraram pesquisadores, havia os custos com a manutenção dos veículos e a procura já não era a mesma de anos anteriores. O cancelamento do serviço trouxe protestos de comunidades que só tinham a litorina como meio de transporte público, como no interior de Guaramirim, por exemplo. Mas, pela cobertura da imprensa da época, não provocou a comoção que se esperaria com o fim do um transporte lembrado com tanta nostalgia atualmente.
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A litorina percorria diariamente o trecho entre Corupá e São Francisco do Sul, passando por Jaraguá do Sul (duas paradas), Guaramirim, Joinville e Araquari. A capacidade era de 48 passageiros, com velocidade máxima de 45 km/h. As litorinas tiveram predecessoras, mas o apogeu do transporte de passageiros por ferrovias no Norte de Santa Catarina ocorreu por meio de trens mistos, para pessoas e cargas, principalmente na primeira metade do século passado.
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