O avanço da dengue e da ocorrência de sintomas respiratórios ampliaram ainda mais a demanda na rede pública de saúde de Joinville, já sobrecarregada em condições “normais”, levando a prefeitura a tomar medidas emergenciais. O Hospital Infantil, mantido pelo governo do Estado, também enfrenta lotação máxima. A dengue chegou a motivar decreto de emergência. No entanto, sem medidas estruturais, para aumentar a capacidade de atendimento em geral, as “crises” vão se repetir com mais frequência.
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Uma das saídas estruturais para reduzir a demanda dos hospitais e unidades de pronto-atendimento é a ampliação das equipes do Saúde da Família. O programa cobre mais de 90% da cidade, mas o índice não significa que há plena capacidade de atendimento para esse público: se não encontram atendimento no posto, pacientes buscam as UPAs, PA e hospitais.
Mesmo com a realização no ano passado de concurso para médicos, com vagas para servidores efetivos (e não temporários, como vinha ocorrendo desde 2014), ainda há queixas da população sobre a sobrecarga no atendimento em determinados postos de saúde, inclusive com filas na madrugada.
Em um cenário ideal, dobrar o atual número de equipes do Saúde da Família seria o ideal, afinal, até 80% dos atendimentos na saúde podem ser resolvidos nas unidades básicas de saúde. Mas tal expansão é utópica porque não há recursos e os repasses da União e Estado são insuficientes para bancar as equipes. Ou seja, o município tem de custear uma parcela dos serviços.
Uma possibilidade seria um eventual alívio no custeio do Hospital São José, com parte das despesas da prefeitura migrando para a atenção básica. Mas as chances são remotas a curto prazo – os 20% da folha anual de R$ 230 milhões a serem pagos pelo Estado ajudam, mas não é uma folga expressiva; Joinville vai continuar gastando perto de 40% da receita tributária com saúde (ficou em 37% no ano passado).
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As outras iniciativas, como a telemedicina, para absorver parte das consultas da rede básica, estão em estudo, sem prazo para adoção. O governo Adriano Silva vê as organizações sociais com uma alternativa na busca de maior eficiência, mais não previsão de data para nenhuma concessão, ainda que o processo tenha sido iniciado para a UPA Sul.
As medidas em andamento, como aplicativo piloto para aplicar consultas, reorganização de equipes para atendimento pediátrico, entre outras, até podem amenizar a sobrecarga neste momento de maior demanda por causa da dengue e dos sintomas respiratórios, mas não serão suficientes para evitar a próxima crise – tem sido assim em anos anteriores.
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