A redução nas internações por causa da Covid-19 vai levar Joinville a converter leitos de UTI exclusivos para coronavírus em vagas para atendimento geral. A nova conversão será providenciada na semana que vem como forma de ampliar a capacidade de realização das cirurgias eletivas, procedimentos marcados com antecedência. A medida, no entanto, poderá “atrasar” o recuo de Joinville na classificação de risco, afinal, a oferta de leitos exclusivos para a pandemia é um dos principais indicadores.

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As cirurgias eletivas em Joinville foram retomadas após paralisação durante a pandemia, mas há necessidade de ampliar a capacidade de atendimento da demanda reprimida. A meta é realizar 1,2 mil procedimentos cirúrgicos até o final do ano, em mutirões nos hospitais São José, Regional e Bethesda. Para isso, são necessários mais leitos. Também há uma certa “pressa” porque, em caso de mais atrasos, a maior parte dos pacientes na fila das eletivas terá de refazer os exames.

Joinville tem hoje 72 leitos de UTI na rede pública para pacientes com coronavírus, com 33 vagas ocupadas. Ou seja, a lotação não chega a 50%. O número de leitos já foi maior. Para a Secretaria de Saúde de Joinville, a ociosidade não pode ser mantida enquanto há a demanda das eletivas. Por isso, haverá conversão de parte das vagas em leitos gerais. Dez dos 18 leitos do Bethesda, hospital filantrópico credenciado pela Secretaria de Saúde de Joinville para atendimento também pelo SUS, serão convertidos para atendimento geral. As dez vagas estão ociosas neste momento.

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Pelo último boletim de Joinville, são 51 pessoas com Covid-19 internadas nos hospitais públicos e privados da cidade. Há 20 dias, era praticamente o dobro, com 101 internados. Em agosto, o pico chegou a 202 pacientes em atendimento hospitalar.