O agravamento da pandemia em março concentrou o foco – e nem poderia ser diferente – da saúde em Joinville no enfrentamento do coronavírus e aumentou o desafio no atendimento das demais doenças e situações de saúde. Na semana passada, em entrevista ao AN, o prefeito de Joinville, Adriano Silva, já adiantou que a saúde não terá tempo de “folga” no pós-pandemia por causa do atendimento represado. O gabinete de crise montado pela prefeitura discutiu o tema nesta semana e até o final do mês deve ser anunciado uma reorganização no sistema de atendimento da rede municipal.
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Só em cirurgias eletivas, aquelas marcadas com antecedência, deixaram de ser feitos 6 mil desses procedimentos durante a pandemia, conforme estimativa da Secretaria de Saúde de Joinville. No final de fevereiro, por causa do agravamento da pandemia, o governo do Estado determinou a suspensão de cirurgias eletivas de alta e média complexidade.
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Um dos editais de compra de leitos em hospitais privados e filantrópicos ou mesmo em clínicas lançados pela prefeitura quer vagas em enfermarias, para atendimento pelo SUS. São para pacientes com outras enfermidades – há editais exclusivos para Covid-19. A oferta de vagas em outros hospitais é uma tentativa de reduzir o represamento provocado pela pandemia.
Neste momento, a estrutura hospitalar está direcionada para os pacientes com coronavírus, com Joinville chegando a atender mais de 300 pessoas internadas nos últimos dias, seja em UTIs ou enfermarias. Parte dessa estrutura, ampliada desde março do ano passado, será mantida quando cair a demanda do coronavírus. O foco serão as cirurgias. Outros desafios estarão no caminho.
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