O desassoreamento e dragagem do rio Cachoeira, ações fundamentais para amenizar alagamentos na área central de Joinville, continuam nos planos da prefeitura, mas ainda sem estimativa de quando poderão ser realizadas: os projetos executivos e as obras continuam na dependência de empréstimo internacional, ainda na fase preliminar – neste mês, o município voltou a reapresentar a carta-consulta, na busca de autorização para contratação de financiamento, em pacote que inclui o parque Porto Cachoeira e investimentos em habitação. O rio voltou a transbordar na segunda-feira, em momento de chuvas intensas e maré alta.
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Em entrevista à rádio CBN Joinville, o prefeito Adriano Silva abordou a importância da dragagem. “O rio Cachoeira tem mais de dois metros de areia que não pertencem a ele. Imagina baixar a profundidade do rio Cachoeira em dois metros, quantos milhões de litros água poderiam entrar, fazendo com que os rios periféricos drenarem com mais velocidade”, afirmou o prefeito, em referência aos sedimentos acumulados no fundo do rio. Adriano alegou que não há como prever quando a obra vai sair por causa da complexidade, como definição do destino do material retirado do rio.
Os recursos para os projetos e obras de macrodrenagem de trecho do rio Cachoeira estão previstos em empréstimo internacional de US$ 53 milhões a ser contratado com a Agência Francesa de Desenvolvimento. Neste momento, a prefeitura continua buscando o aval da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), ligada ao Ministério do Planejamento, para passar para etapas seguintes da contratação.
O Plano Diretor de Drenagem Urbana de Joinville, concluído em 2011 e neste momento em revisão, já apontava a importância da drenagem do Cacheira. “A calha principal do rio Cachoeira deve prioritária para a implantação das obras”, alegou o estudo, citando que as obras em afluentes poderiam não ser efetivas se não fossem resolvidos os problemas de cheia no rio principal. Das 20 intervenções propostas no plano, somente a macrodrenagem do rio Morro Alto foi realizada. A outra obra iniciada, no rio Mathias, está paralisada desde 2020.
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