Fora de operação há uma semana, o acelerador linear do Hospital de São José não tem previsão de conserto e está levando a Secretaria de Saúde de Joinville a remanejar os pacientes em tratamento contra o câncer. A distribuição está sendo feita entre o hospital da Unimed e o São José, de Jaraguá do Sul. A situação vai atrasar o início do tratamento de quem teve diagnóstico recente da doença, ainda que o prazo fique dentro do limite previsto em lei, segundo a secretaria.

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Em funcionamento desde 2011 e pioneiro nessa modalidade de tecnologia em Joinville, o acelerador linear do São José precisa de troca de peça no feixe de elétrons. A substituição do dispositivo está estimada em R$ 1 milhão e poderá levar até seis meses, levando em conta o prazo de licitação. Nesse prazo, pelo menos um dos dois novos aceleradores a serem comprados estará em operação, conforme estimativa da Secretaria de Saúde – o edital de compra será lançado no início de março.

A Saúde está tentando a compra da peça, mas é possível que acelerador não venha mais a ser ativado. A radioterapia no São José continua apenas com a máquina de cobalto, em condições de atender apenas determinados pacientes, além do limite de 20 vagas.

Enquanto os novos aceleradores não chegam, foi ampliado o contrato com a Unimed, de 15 para 30 pacientes. O atendimento no São José também está em ampliação. Nos dois casos, as sessões de radioterapia nos aparelhos são bancadas pelo SUS, sem custo, portanto, para os usuários. Serão atendidos em torno de 100 pacientes. “Nenhum paciente ficará sem continuidade no tratamento”, alega o secretário de Saúde, Jean Rodrigues da Silva.

No entanto, haverá impacto na fila de espera. Em abril, a Saúde pretendia ofertar o início de tratamento de forma imediata para todos os pacientes diagnosticados com câncer. Mas a secretaria garante começo da radioterapia em até 45 dias, abaixo do prazo máximo de 60 dias, determinado em lei.

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