Após raro momento nesta legislatura de embate mais duro entre os vereadores, entre Mauricinho Soares (MDB) e Diego Machado (PSDB), a Câmara de Joinville buscou o apaziguamento na sessão de segunda-feira. O presidente Maurício Peixer (PL), frisando não estar se referindo a nenhum vereador especial e sim ao conjunto, pediu que fossem evitados “ataques pessoais. “Isso é feio lá fora, temos que dar o exemplo para a sociedade”. Na sequência, Luiz Carlos Sales (PTB) defendeu reunião de todos os vereadores para “lavar a roupa suja” internamente para que evitar novos problemas.

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O relacionamento mais amistoso entre os vereadores faz parte do que a atual legislatura chama de “nova imagem” da Câmara, após o “desgaste” dos antecessores: apenas quatro dos 15 vereadores que tentaram a reeleição conseguiram um novo mandato (nas duas eleições anteriores, oito foram vitoriosos em cada eleição).

Neste ano, mesmo vereadores com posicionamento ideológico frontalmente contrários evitam rebater o colega. O tema mais polêmico até agora, a reforma da Previdência, chegou a proporcionar confrontos, mas sem maiores bate-bocas. A postura mais independente em relação ao governo Adriano Silva, o corte de diárias, entre outras medidas, também fazem parte da “reconstrução”. Mas o clima andou esquentando nas últimas sessões.

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Assim que assumiu a vaga na Câmara, após a licença do titular Adilson Girardi, Mauricinho se queixou de propostas suas terem sido encampadas por outros vereadores sem que houvesse reconhecimento. Um dos exemplos citados foi o novo acesso ao Jardim Paraíso. As reclamações de Mauricinho foram ignoradas pelos colegas. 

O vereador do MDB passou então a repetir o mesmo discurso da legislatura anterior, abordando o que considera resultado de suas viagens a Brasília, com liberação de recursos para obras em Joinville. Mauricinho insiste no tema como estratégia de defesa pelas críticas com gastos com diárias em anos anteriores. Na semana passada, como o parlamentar do MDB insistiu na questão, passou a ser confrontado.

Um grupo de vereadores, como Diego Machado, Brandel Júnior (Podemos) e Alisson Julio (Novo), passou a citar que as liberações de recursos podem ser conquistadas sem a necessidade de viagens, entre outras alegações sobre economia de gastos parlamentares. Diego Machado foi o mais incisivo.

NESTA SEMANA

Na sessão desta segunda-feira, Mauricinho voltou à carga e citou curso feito por Diego Machado fora de Joinville em 2015, pela assessoria do então vereador Odir Nunes. A citação foi para apontar que Diego, crítico das viagens dele, também viajou pela Câmara. Diego respondeu que fez o curso de aperfeiçoamento a pedido da Câmara, garantiu que não vai se “intimidar” e voltou a questionar viagem de Mauricinho feita recentemente a Brasília. Nas próximas semanas, será possível avaliar se as tentativas de pacificação foram eficazes.

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