A Câmara de Joinville recebeu projeto nesta semana com proposta de proibição de “inovar” na flexão de gênero das palavras da língua portuguesa. A proibição, se aprovada, valeria para a prefeitura, Câmara de Vereadores, organizações ligadas ao poder público municipal e, “em especial”, as instituições de ensino municipais, bancas de seleção e concursos públicos. O projeto quer proibir também o emprego de linguagem de referência ao “gênero neutro”, “inexistente na língua portuguesa” em ambientes de educação e documentos oficiais municipais, conforme aponta o texto. Há propostas semelhantes em tramitação na Câmara dos Deputados e em outras câmaras municipais.
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Na justificativa, o autor do projeto, o vereador Wilian Tonezi (Patriota), afirma que a língua portuguesa “não prevê o uso de ‘linguagem neutra’, de ‘dialeto não binário’ ou de qualquer outro tipo de linguagem ou regra que descaracterize o uso da norma culta”. O parlamentar alega que há movimento nas redes sociais em defesa da “linguagem neutra” ou “linguagem não binária”, com uso de “x” e “@” nas terminações das palavras.
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Tonezi cita que os defensores da mudança na linguagem alegam que seria uma forma de “diminuir o preconceito” contra quem não se identifica com os gêneros masculino ou feminino. O vereador alega a medida não tem embasamento científico e que a “linguagem neutra” seria uma “afronta” à língua portuguesa, além de trazer “confusão” na aprendizagem de crianças e “inexatidão” nos textos oficiais.
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