Em resposta à oposição pela derrota na votação da emenda para os vereadores assumirem temporariamente como deputados sem precisar renunciar, a base governista está se preparando para endurecer: o plano de ataque será tentar barrar todo e qualquer requerimento dos vereadores de oposição, como convite a secretários, audiências públicas etc. A estratégia pão e água será acertada na reunião com Udo Döhler, na próxima semana, no Tênis Clube. A situação tem 13 vereadores, com os oposicionistas somando seis integrantes.
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A base governista queria a aprovação da emenda também para prestigiar Jaime Evaristo (PSC), primeiro suplente de sua aliança na Câmara dos Deputados. Até Udo Döhler teria se envolvido nas conversas com vereadores resistentes – o prefeito não se manifestou publicamente sobre o caso, mas, sobre o tema, disse que não pode ser decidido pelo “fígado”.
Imagina-se que a observação do prefeito seja uma referência ao fato de a oposição ter votado contra a emenda só por retaliação a Jaime, recém novo integrante da base – há pouco tempo, ele estava na oposição, inclusive fazia parte do seleto grupo de sete oposicionistas no WhatsApp. Apenas para lembrar, sete é o número necessário para abrir CPIs e, sem Jaime, a oposição só tem sete. Não que exista algo em vista, mas pelo menos a possibilidade fica no ar.
Uma ajuda
Ao solicitar a obstrução do PSDB na votação da emenda dos suplentes, o líder do partido, Odir Nunes, acabou prestando um grande favor ao colega Natanael Jordão. O vereador Jordão não assinou o projeto da emenda, apresentado no ano passado, porque era, evidentemente, contra a proposta. Mas, como membro da base governista, Jordão teria de votar a favor. Com a providencial obstrução feita por Odir, se livrou da encrenca.
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