A repetição do recorde de candidaturas é improvável, até porque a condição nacional de polarização se intensificou e chegou nas eleições municipais, mas a escassez de candidatos (ou mesmo de definições) na disputa em Joinville chega a surpreender, levando em conta a distância de menos de seis meses para a convenção partidária. A explicação pode estar nas estratégias partidárias de se posicionar somente nos momentos finais ou se basear em pesquisas de intenção de voto. Mas a dificuldade no surgimento de novas lideranças pode ser parte da resposta.

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Protagonistas nas últimas eleições em Joinville, MDB e PSD não têm candidato, por ora. O partido de Luiz Henrique da Silveira venceu quatro das últimas sete disputas e foi vice em outra (o pleito de 2004, vencido por Marco Tebaldi, foi o único sem candidato da legenda na cabeça-de-chapa). O nome possível para 2024 e candidato em 2020, o deputado estadual Fernando Krelling, está focado na escolha dos nomes para concorrer a vereador e não dá sinais de interesse concorrer – embora saiba que poderá ser cobrado, mais adiante, para entrar na disputa.

Presente no segundo turno nas últimas quatro eleições municipais, incluindo o antecessor DEM, do qual vieram lideranças, o PSD não só avisou que não terá candidato, como já garantiu apoio a Adriano Silva. Foi até assinado um termo de compromisso com o Novo, com a presença de lideranças estaduais do partido.

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O PT, único partido com candidato a prefeito em todas as eleições em Joinville nas últimas quatro décadas, ainda não se decidiu. Carlito Merss não concorreu na disputa passada e não tem se movimentado para a atual. Os petistas têm outros nomes e podem analisar o apoio a Rodrigo Bornholdt, “do mesmo PSB de Geraldo Alckmin”, mas é sabido que a direção nacional do PT defende candidaturas próprias em cidades de maior porte – a não ser que o município entre em algum tipo de composição nacional. Bornholdt busca formar uma frente de centro-esquerda.

Uma das incógnitas é o ex-deputado federal Rodrigo Coelho. O também ex-prefeito tem afirmado interesse em concorrer pelo atual partido, o Podemos. Há especulações de que poderia disputar por outra sigla, como PL ou MDB, mas Coelho se mantém no Podemos, ainda não tenha tanta movimentação como um pré-candidato.

Assim, Adriano Silva, Sargento Lima (PL) e Rodrigo Bornholdt são os principais pré-candidatos. O prefeito pré-candidato à reeleição está em busca de aliados (em 2020, o Novo não fez alianças) e pretende formar uma coligação com pelo menos seis partidos. Apesar da disposição de fechar alianças, Adriano não vai abrir mão de manter Rejane Gambin como vice na chapa. Sargento Lima é o nome do PL e espera contar com a participação do ex-presidente Bolsonaro na disputa, além, é claro, do governador Jorginho. A eleição em Joinville terá mais candidatos, mas o patamar de 2020, com 15 nomes, não deve se repetir.

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