A prefeitura de Joinville deverá anunciar na próxima semana a concessão de subsídio para as empresas de ônibus da cidade. A medida foi prevista antes do decreto desta sexta-feira, quando o governo do Estado determinou a suspensão do serviço a partir de segunda-feira, por causa da situação “gravíssima” da região de Joinville na classificação de risco para a pandemia. A medida vale por 14 dias. A avaliação é feita pelo governo do Estado.

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O prefeito Udo Döhler diz já ter o “convencimento” da necessidade do repasse de recursos, mas ainda não definiu o montante. Para o prefeito, os prejuízos para Joinville serão maiores se as empresas tiverem de deixar de oferecer o serviço por causa dos impactos da pandemia. “Tenho o convencimento de que o subsídio é necessário, Joinville não pode ficar sem transporte coletivo”, alega Udo. O transporte coletivo esteve paralisado entre março e o início de junho por causa das medidas de enfrentamento do coronavírus.

Com limitações de ocupação e número menor de linhas, ainda assim o transporte coletivo de Joinville está com 35% da ocupação oferecida, em média. São 35 mil passageiros por dia, enquanto que o equilíbrio da operação necessitaria de pelo menos 54 mil passageiros diários. Por isso, a prefeitura passou a analisar a possibilidade de repassar recursos para reduzir os prejuízos.

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Joinville não concedeu subsídio nas últimas décadas. O Plano de Mobilidade, em vigor desde 2015, traz a possibilidade de pagamentos pela prefeitura, como forma de subsidiar a passagem. A meta era de o subsídio bancar a tarifa em até 50%, em índice a ser alcançado em 2025. Mas, até então, a hipótese não vinha sendo cogitada pela administração municipal.

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