Na reunião com o Ibama em Brasília no próximo dia 19, o DNIT vai insistir na análise da proposta de alargamento do canal do Linguado na BR-280, como forma de atender à duplicação da rodovia federal. A principal alegação é de economia de recursos, afinal, a ponte de 1.920 metros custaria em torno de R$ 250 milhões, enquanto que o alargamento ficaria em R$ 12 milhões. O Linguado está no único acesso rodoviário a São Francisco do Sul. O encontro em Brasília foi proposta do Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Joinville.

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O DNIT já tentou o alargamento no passado, mas não teve autorização do Ibama. O canal do Linguado não faz parte do licenciamento ambiental da duplicação da BR-280 porque, quando as licenças foram solicitadas, ainda estava em discussão a ação judicial com pedido de reabertura do canal – o que não foi concedido.

Se a abertura for determinada no futuro, será preciso construir ponte ferroviária de 3 mil metros (precisa ser mais extensa do que a rodoviária para permitir a rampa de subida do trem).Em manifestação no final do ano passado,o Ibama alegou que o Linguado deve ser tratado junto ao licenciamento da duplicação da BR-280 e não de forma isolada. A reabertura do canal do Linguado, com remoção do aterro, foi motivo de ação judicial, a pedido do MPF. A reabertura não foi determinada porque os estudos técnicos não foram conclusivos sobre os impactos ambientais de medida.

O trecho da BR-280 entre São Francisco do Sul e Araquari é o trecho mais atrasado da duplicação, com execução apenas de terraplanagem em novo traçado. O Linguado fica nesse lote.Nos demais dois lotes, em Guaramirim e Jaraguá do Sul, a execução chega a 40%.

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