Um dos principais temas abordados por Adriano Silva na campanha eleitoral de Joinville, a adoção de organização social na administração do Hospital Municipal São José, não chegou a avançar no primeiro ano do mandato. Mas continua nos planos da prefeitura: após a aprovação de nova lei municipal sobre organizações sociais, com decreto de regulamentação também publicado na semana passada, será feito um estudo técnico sobre o modelo a ser adotado. Após essa definição, é lançado o edital para contratação da OS. Não há nenhum cronograma, pelo menos com divulgação pública, para essa concorrência.
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A “busca de mais eficiência” é o principal motivo da procura pelo novo modelo. A eficiência seria avançar no atendimento sem ampliar custos, pois como modelo de organização social os processos de compras de insumos, serviços e de manutenção são mais ágeis, conforme a avaliação do governo Adriano. O Hospital Infantil é usado como exemplo: desde a fundação, a instituição estadual atende pelo SUS, mas sob gestão de uma OS.
O prefeito Adriano Silva tem insistido que Joinville não pode ampliar ainda mais a despesa com saúde: quase 40% da receita tributária (não orçamentária) é consumida com o setor, enquanto o índice obrigatório é de 15%. “Não temos como chegar a 41%, 42%. Temos que atender mais pessoas com o mesmo montante. Não queremos economizar para usar em outra pasta, vamos economizar para continuar usando na saúde”, disse o prefeito em entrevista à CBN Joinville na semana passada.
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Uma tentativa de Joinville, já antiga, de reduzir a despesa com o Hospital São José por meio de repasse do Estado para a folha de pessoal, mais uma vez não deslanchou. A prefeitura queria R$ 66 milhões do governo estadual neste ano, quantia equivalente a 30% das despesas com pessoal do hospital, incluindo encargos. O Estado, que já mantém três hospitais em Joinville, alegou não contar com recursos para o repasse.
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