A Águas de Joinville está tentando contratar o maior financiamento do setor público da história da cidade. A carta consulta junto ao BID quer o empréstimo de US$ 128 milhões para um pacote de obras de saneamento. Em reais, fica em torno de R$ 700 milhões. Se a solicitação for atendida, ultrapassa com folga o maior financiamento feito até agora, os US$ 70 milhões assinados pela prefeitura com o BID em 2017, para macrodrenagem dos rios Itaum e Itaum-mirim, entre outras obras. 

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A Águas terá contrapartida de US$ 8 milhões, o que eleva o montante para US$ 136 milhões. No conjunto de obras pretendidas com o empréstimo, está a construção da terceira estação de tratamento de água de Joinville, no rio Piraí. A maior das unidades em operação, com produção de quase 70% da água consumida na cidade, foi ampliada recentemente. A instalação de mais adutoras e redes, além de novo reservatório, também fazem parte dos investimentos em água.

A maior fatia do financiamento é para a coleta e tratamento de esgoto. Joinville quer passar dos atuais 40% de cobertura para 65% até 2025, uma expansão em escala inédita. Além da instalação de mais redes nos bairros, o plano é construir uma nova estação de tratamento no Vila Nova e iniciar a ampliação da nova unidade do Jarivatuba. O atendimento das metas foi revisado – e antecipado – por causa do marco do saneamento. 

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O enfrentamento das perdas de água tem uma parcela de US$ 11 milhões no empréstimo. A companhia estimou em R$ 52 milhões anuais a perda por causa de vazamentos, fraudes, medição falha etc. Joinville desperdiça (não tem faturamento) 42% da água produzida. O pedido da companhia está e análise na Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Economia e deverá ter resposta ainda em dezembro.

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