O prefeito Adriano Silva (Novo) considera “injustas” as cobranças dos vereadores do PL em Joinville sobre a polêmica da prestação de contas do repasse do Estado ao Hospital Municipal São José. “É um problema que foi criado pelo excesso de burocracia”, afirmou Adriano na manhã desta quarta-feira, antes de inauguração de ampliação de ambulatório do hospital São José – evento que teve mais desabafos contra a oposição. A obra teve custo de R$ 2 milhões.
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Na semana passada, os vereadores Cleiton Profeta e Wilian Tonezi, do PL, defenderam a abertura de CPI para apurar pendências em relação à prestação de contas do repasse do Estado para o São José. Das oito parcelas de R$ 4 milhões cada (o repasse total é de R$ 32 milhões), apenas as duas primeiras foram repassadas pelo Estado, em julho e agosto.
O pagamento da próxima parcela vai ocorrer após a conclusão da prestação de contas. A prefeitura entregou a documentação em dezembro e houve duas novas solicitações do Estado, já atendidas pela prefeitura. Uma terceira diligência, para complementação dos documentos, foi feita na semana passada. A Secretaria de Saúde de Joinville está elaborando a resposta. Na Câmara, vereadores do Novo manifestaram “estranheza” com tantas diligências.
Como foi a inauguração de ampliação do ambulatório no Hospital São José
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Para o prefeito de Joinville, a prestação de contas tem sido um “périplo”, em trabalho desgastante para servidores da prefeitura e do Estado. “Imagina a quantidade de documentos que tem que montada aqui e revisada lá”, alega Adriano – a prestação de contas mostrada na Câmara tinha em torno de 5 mil páginas, conforme o vereador Neto Peters (Novo).
No início de março, na visita de Jorginho Mello a Joinville, o prefeito tratou do tema com o governador e com o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert. Adriano relata ter alertado sobre a necessidade de busca de um “caminho menos burocrático”. “Não está funcionado a ajuda: se for para ajudar, vamos achar um caminho mais fácil. Eles disseram que iriam fazer. Para minha surpresa, aparecem os vereadores do PL nos atacando em cima de um problema que é mais com o governo do Estado do que nosso”, diz Adriano. O tema voltou a ser tratado no discurso de inauguração, em tom desabafo – a secretária de Saúde, Tânia Eberhardt, e vereadores também se manifestaram no mesmo tom.
POSICIONAMENTO
O vereador Cleiton Profeta alega que está exercendo a função de fiscalizar ao cobrar respostas sobre a prestação de contas. “O prefeito acha injusto é que tenha oposição”, ironiza o parlamentar do PL. Profeta alega as administrações municipais estão acostumadas a ter na Câmara um “escritório de homologação”, com “omissão em troca de obras”. “Não sou oposição por oposição, fiscalizar é meu dever”,
Para Wilian Tonezi, a prefeitura sabia desde o início como seria a prestação de contas, afinal, o plano de trabalho (como será o uso dos recursos repassados), exigido e aprovado pelo Estado, foi elaborado pelo próprio município. “Se a prefeitura não está errada, que aponte então onde estão os erros do Estado. A prestação foi entregue com cinco meses de atraso e fora do plano de trabalho e (citar) isso é ‘crítica injusta’?”. Tonezi defendeu a atuação dos vereadores do PL. “Se não fosse a nossa fiscalização, o munícipe não saberia que o repasse ao hospital não está ocorrendo por causa da prestação de contas”.
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