O adiamento das eleições municipais para novembro empurrou as convenções partidárias para mais adiante e, assim, posterga também as definições. Portanto, o elevado número de pré-candidatos a prefeito de Joinville vai se manter até setembro – o novo prazo para as convenções passou a ser o intervalo entre 31 de agosto e de 16 de setembro. Até lá, todos interessados não vão arredar o pé.

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A proposta de emenda constitucional, com aprovação concluída ontem pelos deputados federais, prevê o primeiro turno em 15 de novembro e o segundo em 29 de novembro. Ou seja, adiou as votações de outubro para novembro e encurtou a campanha de segundo turno em uma semana.

Como o prazo limite das convenções passou de 5 de agosto para 16 de setembro, as conversas para alianças – o que fatalmente vai reduzir o número de candidatos – perdem velocidade: há contatos neste momento, mas todos sabem que definições só ocorrem na reta final, como sempre. Até porque quem desistir com antecedência, chega fragilizado demais nas negociações, não vira nem vice.

MAIS TEMPO

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Com os prazos ampliados, Darci de Matos (PSD) vai adiar por mais algumas semanas o anúncio de sua candidatura. O deputado federal não vê motivos para se dizer candidato com antecedência. Rodrigo Coelho (PSB) ganha mais tempo para discutir a candidatura com o próprio partido, embora ele mesmo reconheça as dificuldades desse propósito (o prazo para novas filiações a tempo de concorrer não será reaberto). Darci e Coelho votaram ontem a favor da PEC do adiamento para novembro. O outro deputado com base eleitoral em Joinville e sem pretensões de concorrer a prefeito, Coronel Armando (PSL) foi contra a proposta.

Uma das possibilidades de composição está entre as candidaturas de Ivandro de Souza (Podemos), Rodrigo Fachini (PSDB) e Tânia Eberhardt (Cidadania). Se Coelho conseguir concorrer, será ele a aglutinar tais partidos. Mas todos mantém as pré-candidaturas. O PT de Francisco de Assis ainda tenta uma frente de esquerda, sem grandes avanços. O Novo já tem nome definido, Adriano Bornschein Silva vai concorrer, sem alianças. O vice-prefeito Nelson Coelho (Patriota) busca o voto mais alinhado com o presidente Bolsonaro e Dalmo Claro possivelmente será o nome do PSL. 

O candidato governista está encaminhado desde o ano passado: será o deputado Fernando Krelling (MDB). Os nomes citados são apenas exemplos: PP, PRB, Avante, DC, entre outros, também citam pré-candidatos. A lista ainda gigante de pré-candidatos iria encolher no início de agosto. Agora, com as novas datas das convenções, só em meados de setembro.

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