A própria atuação de Luiz Henrique Mandetta comprova a importância das ações de um ministro. Nem é preciso mergulhar em entusiasmadas abordagens sobre isolamento social ou flutuantes análises políticas, basta citar que a abertura de uma linha de custeio hospitalar contra o coronavírus permite o Hospital São José de Joinville utilizar um bloco perto do acesso para instalar 100 novos leitos de enfermaria – para ficar em um impacto paroquial. É importante saber o Nelson Teich pensa sobre a quarentena e a cloroquina.

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Mas neste momento, mais decisivo ainda para o cotidiano de Santa Catarina é acompanhar os planos do governo Moisés. É dali que virão as respostas. As diretrizes nacionais, é claro, reverberam nos Estados e municípios, são as ondas que se propagam. Só que se os ônibus vão voltar, quando reiniciam as aulas, se já pode presença dos fiéis nos cultos, entre outras perguntas, vai depender das decisões de Carlos Moisés, em grande parte, ainda que o ex-ministro também seja defensor do isolamento.

O protagonismo dos governos estaduais – e dos prefeitos, se resolverem ser mais restritivos – nas medidas de prevenção e isolamento se repetem em outras unidades da federação, com diferenças na dosagem. Ainda nesta quarta, o STF reafirmou a autonomia dos Estados e municípios na atuação contra a pandemia, só para deixar claro que também manda.

A novela Mandetta empolgava. As entrevistas com frases de efeitos, a busca das mensagens cifradas (todos têm suas entrelinhas particulares), as reações do presidente Bolsonaro, o que vão dizer nas redes, "não passa de hoje"… E não se nega a dimensão desse episódio e troca de um ministro em meio a uma emergência mundial.

Mas é naquela live de final de tarde, com o governador Moisés se manifestando em tom didático, sem jamais alterar a voz, que sabe como será o futuro de Santa Catarina em relação à pandemia. Não tem muita emoção, mas é quando se sabe o que foi decidido sobre o que vem por aí.

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