O acidente da abertura do Natal fez a retomada das obras do Mathias ganharem um senso de urgência que até então a prefeitura de Joinville não vinha demonstrando. Até contratação emergencial de robôs para perícia das galerias foi anunciada, ainda que o serviço já estivesse em estudo há mais tempo e vá contemplar outras canalizações.

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Mas como as ruas atingidas no Centro haviam sido recuperadas e a imagem negativa, justamente, da macrodrenagem estava grudada no governo anterior, a volta das obras paralisadas há mais de um ano não tinha pressa. A principal alegação era a necessidade de aguardar a decisão judicial sobre a ação do Ministério Público Federal. A queda da calçada, com 33 feridos, mudou a situação.

As causas do desabamento da calçada ainda estão em apuração. A prefeitura adiantou que a queda ocorreu em ponto onde galeria antiga do rio Mathias se encontra com o sistema de comportas. O consórcio que teve o contrato rescindido no ano passado alega que o local estava com acesso vedada ao público quando deixou o canteiro de obras. E que foi a prefeitura que instalou a calçada posteriormente.

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Seja qual forem as responsabilidades, o fato é que o desabamento ocorreu um ponto da macrodrenagem, colocando o Mathias em evidência novamente. Por isso, a necessidade de perícia no que já foi realizado – 70% do previsto, conforme a administração anterior – para apontar se há o que o ser reparado e, com isso, lançar um edital de retomada das obras. Em relação à pendência na Justiça, não há restrição judicial em relação à preparação do retorno dos trabalhos. Portanto, o governo Adriano terá de encarar de vez a “herança muito ruim” deixada para a cidade, como o próprio prefeito definiu nesta semana a drenagem do rio Mathias.

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